Propinas: PS diz que descongelamento “não faz sentido”, PSD ao lado do governo. Estudantes são contra.
Partidos mais representativos da Assembleia da República divergem depois do Ministro da Educação ter dito que é favorável ao aumento da taxa. DG/AAC repudia declarações.
O Partido Socialista está contra o aumento do valor das propinas. Depois de o Ministro da Educação ter dito que é favorável ao descongelamento e que a redução foi “um erro”, Ricardo Lino, deputado do Partido Socialista na Assembleia da República, explica que não vê o aumento da taxa com bons olhos.
Por oposição, o PSD posiciona-se ao lado do governo. O deputado Maurício Marques assinala que esta não é uma questão para agora, uma vez que a propina não vai ser descongelada em 2025, mas defende que os estudantes têm problemas maiores com que se preocupar.
Fernando Alexandre, Ministro da Educação, acrescenta que a propina não aumentou este ano porque o governo está a avaliar o sistema de ação social.
Estudantes também não estão contentes com o descongelamento das propinas
A Associação Académica de Coimbra, que respondeu ontem em comunicado, considera que o aumento da taxa é “perigoso” e que representaria um “profundo retrocesso”. Em entrevista à RUC, o presidente da Direção-Geral, Carlos Magalhães, diz não perceber a intenção do Ministro da Educação.
Nas ruas, os alunos da Universidade de Coimbra também não estão satisfeitos. Rodrigo Sousa, da Faculdade de Direito, explica que o aumento das propinas traria problemas acrescidos.
Também Orquídea Figueiredo, aluna da mesma unidade orgânica, considera que o descongelamento das propinas pode representar um entrave no acesso ao ensino superior.
A RUC tentou ainda contactar a reitoria da Universidade de Coimbra, que prefere não comentar o assunto. O Instituto Politécnico de Coimbra não deu resposta até à hora do noticiário.