“Isto é uma violação da lei”: FNAM exige cumprimento legal e negociações
FNAM aciona diversas entidades, após acusar Ana Paula Martins de se recusar a negociar com os médicos. Joana Bordalo e Sá destaca a necessidade de fazer “o Ministério da Saúde dar cumprimento à lei”.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) lançou, hoje, um comunicado alusivo à “propaganda do Ministério da Saúde”. De acordo com a associação representante da profissão médica, o aumento médio dos salários dos profissionais será de 3,6% até 2027, sendo que foi anunciado um acréscimo de 10%.
Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, afirma que Ana Paula Martins, atual ministra da saúde, se recusou a negociar com a “estrutura sindical que mais médicos representa em Portugal”. A presidente avança, ainda, que a atitude da política expressa uma “violação da lei”, o que levou a federação a acionar o Ministério do Trabalho, a Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), o Presidente da República e o Primeiro Ministro.
Para Joana Bordalo e Sá, as ações do Ministério da Saúde representam um desrespeito face aos profissionais e doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Por isso é que vemos o SNS como está”, acrescenta. A presidente refere, também, que a precariedade do serviço reflete-se nas “urgências lotadas, grávidas reféns de linhas telefónicas e cerca de 1,7 milhões de utentes sem médico de família”.
De acordo com a representante da federação, a FNAM continua sem qualquer tipo de resposta por parte de Ana Paula Martins. Joana Bordalo e Sá acredita, ainda, que o Ministério do Trabalho e a DGERT irão fazer “o Ministério da Saúde dar cumprimento à lei”. Para a presidente, nas condições atuais, “os médicos vão ficar sempre a perder”, pois vêem-se obrigados “a sair seja para o privado ou para o estrangeiro”.
A representante destaca como objetivos máximos da federação, melhorar as condições de trabalho, rever a jornada de trabalho semanal dos médicos e valorizar a carreira profissional.