Governo pensa formar grupo de trabalho para refletir sobre relação Clima Saúde

A governante dissertou sobre a pressão que os Serviços de Saúde sofrem para proteger as populações. As cidades são particularmente vulneráveis, representando o urbanismo um papel essencial na contenção e resolução da problemática, ouviu-se na conferência.

As políticas públicas de ataque e mitigação às alterações climáticas são cada vez mais intersetoriais, razões que levam o governo a pensar constituir um grupo de trabalho que reflita sobre a relação Clima e Saúde, contou Ana Povo à RUC.

Também o SNS contribui para a pegada de carbono do país com muitos dos resíduos que produz. Daí a necessidade de reforço de uma série de estratégias que “exigem abordagem holística e integrada”, na opinião da secretária de Estado. Na sessão a governante assumiu o compromisso de reforçar a colaboração com todos os setores da sociedade

Sobre as medidas que o Governo está a preparar para mitigar e combater as alterações climáticas, Ana Povo esclareceu estar a trabalhar com o Ministério do Ambiente.

Da parte do Ministério da Saúde as preocupações vão para o acompanhamento das políticas e pela atenção dispensada “às ondas de frio” e “ondas de calor” para diminuir os impactos na população.

Luís Campos, presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, foi o orador convidado para a primeira conferência do dia. O orador enfatizou a importância de preparar o sistema de saúde para as catástrofes climáticas, lembrando que, na última catástrofe em Valência, a maioria das estruturas de saúde daquela região demorou no atendimento às populações.

Durante a tarde de hoje decorreram várias oficinas.  “Como transformar a nossa casa para a eficiência energética?”, “Ecoansiedade” e “Uma horta em qualquer lado: a permacultura é possível na cidade?” Foram as temáticas abordadas.

A conferência Cidade Azul foi organizada pelo Jornal Público e pela Câmara Municipal de Coimbra.

Fotografia: Portal do Governo