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Diogo Vital: “É importante construir uma democracia de dentro para fora”

Candidato à presidência da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC) pela lista A – Acredita na Académica, explica que é importante perceber o que correu mal e aproximar os estudantes do único poder deliberativo da “Casa”, a Assembleia Magna.

Pela epígrafe “Acredita na Académica”, o candidato à MAM/AAC quer dar a conhecer aos estudantes o que é a Assembleia Magna e aumentar o quórum participante. Diogo Vital reconhece como projetos “prioritários” a abertura de uma cantina alimentar perto das Assembleias, sendo esse um ponto unicamente abordado na Lista A, e a transição para o digital, com o voto eletrónico.

Mudanças e inovações prioritárias

Diogo Vital afirma que um dos grandes pilares da campanha é a abertura de uma cantina alimentar. A ideia estende-se por “corresponder às necessidades dos estudantes”, sendo essa uma reivindicação “prioritária”. A cantina alimentar, de acordo com o candidato, deve estar próxima da Assembleia Magna, para evitar a deslocação dos estudantes até à Cantina Central (Azuis) ou à Cantina Amarela e o possível abandono das reuniões Magnas. Esta bandeira é caracterizada por Diogo Vital como uma medida “distintiva radical”, dos restantes candidatos à presidência da MAM.

Outra inovação que atesta a candidatura abrange uma transição digital “justa e viável”, para efetivar os votos eletrónicos em Assembleia Magna. O voto eletrónico vai facilitar a contagem por parte da mesa e, eventualmente, diminuir a margem de erro, explicou. Para isso, Diogo Vital defende a existência de testes-piloto, numa primeira fase, para perceber quais são as características e necessidades do Auditório usado para as assembleias. Posteriormente, criar um plano de ação que ofereça um site ou aplicação funcional.

“É importante perceber o que correu mal”

O estudante aponta alguns dos problemas que têm vindo a acontecer nas Assembleias Magnas: reuniões extensas e pouca adesão. Diogo Vital quer implementar a diminuição da ordem de trabalhos a ser discutida e, consequentemente, realizar mais assembleias. A Assembleia Magna tem sido usada “para votar em documentos obrigatórios em termos estatutários” e, por isso, devem ser feitas outras reuniões, para “devolver aos associados” a possibilidade de “falar de outros assuntos”, que não documentos de aprovação.

Para aumentar a mobilização da comunidade estudantil, Diogo Vital preserva uma divulgação, não apenas da MAM/AAC, mas também dos “órgãos da Casa”: secções culturais, secções desportivas e núcleos de estudantes. Para o candidato “é impossível (…) aumentar o quórum das magnas, sem que haja uma divulgação”. Durante a campanha, Diogo Vital, observa ainda que, muitos estudantes desconhecem aquilo que é a MAM/AAC, o que considera “preocupante” e uma falha dos meios de comunicação.

Medidas de acessibilidade e inclusão nas Assembleias Magnas

A lista A é também defensora da instalação de ferramentas necessárias para o estudante. Diogo Vital reconhece a necessidade de existir um intérprete gestual e uma tradução simultânea, para impedir o sucedido na última Assembleia Magna, onde foi necessário fazer uma tradução direta do discurso de um estudante internacional. Outro parâmetro a ter em conta, indicou, é a escolha dos locais das reuniões que ofereçam condições possíveis para pessoas com necessidades especiais, “principalmente de mobilidade”.

“Acho essencial fazer uma descentralização”

O candidato sublinha a importância de descentralizar as Assembleias Magnas, sendo esse um ponto que tem vindo a ser debatido na comunidade estudantil. Note que as reuniões são realizadas no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra (UC), no Polo I. Diogo Vital afirma que, maioritariamente dos participantes das assembleias, “ou são estudantes do Polo I, ou são representantes de núcleos” e os estudantes do Polo II e Polo III acabam por não comparecer. Os motivos que apresentou vão desde a falta de motivação, ou porque se encontram “marginalizados da própria discussão da Assembleia Magna”.

Em concordância com a implementação de medidas de inclusão e acessibilidade, o estudante afirma que a escolha de novos sítios deve concordar com uma “descentralização cuidada”. O Auditório da Faculdade de Medicina da UC e o Auditório do Polo II são “dois espaços muito bons, para fazer uma descentralização acertada”, avançou, por oferecerem as condições necessárias.

 

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