“Deixo a casa bem arrumada”: Presidente da DG/AAC faz balanço e conclui ciclo de liderança
Renato Daniel destacou o empenho da sua equipa ao longo do mandato, colocando a Academia no radar europeu e desenvolvendo iniciativas com os recursos disponíveis do ano anterior. Após a trajetória na presidência da DG/AAC, o dirigente encerra o mandato com um balanço positivo e um profundo sentimento de dever cumprido.
Após uma trajetória marcante na presidência da Associação Académica de Coimbra (AAC), o líder da Direção-Geral encerra o mandato com um balanço positivo e um profundo sentimento de dever cumprido.
Em entrevista à RUC, Renato Daniel, presidente da Direção-Geral da AAC destacou o compromisso com a causa pública e a superação de “grandes” desafios ao longo do mandato. Sob a sua liderança, a AAC esteve na linha da frente em eventos, como os 50 anos do 25 de Abril e as celebrações da crise académica de 1969, além de acolher os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024.
O presidente sublinha que optou por não se recandidatar devido ao encerramento do projeto que liderou, a falta de criatividade para novos projetos e considera deixar a “casa bem arrumada” para os futuros dirigentes.
O trabalho em busca de maior financiamento para a AAC e o reforço estrutural foram bandeiras essenciais no mandato, que deram resultado num contrato programa com a Universidade de Coimbra que assegurou fundos necessários para as crescentes iniciativas da Associação. A liderança focou-se ainda na sustentabilidade financeira da AAC, destacando uma reforma administrativa que incluiu a cobrança de dívidas pendentes e uma reestruturação interna. Apesar dos avanços, o presidente aponta que uma das frustrações foi o processo bancário ainda pendente, referente à estrutura da sede. Renato Daniel, ressalta que o processo transcende a gestão da AAC, mas assegura que o próximo presidente vai ter em mãos a pasta da renovação das infraestruturas. O projeto vai exigir um investimento de meio milhão de euros, essencial para modernizar e manter o património.
No balanço do mandato, o presidente sublinha o orgulho sentido na mobilização estudantil, eventos lotados como nas Assembleias Magnas e a participação massiva em iniciativas como o Dia Nacional do Estudante. A nível pessoal, revelou que o momento mais marcante foi a homenagem a Alberto Martins, marcada pela inauguração do mural com 16 metros.
Na área desportiva, a AAC recebeu eventos de grande estrutura e garantiu a organização do Campeonato Nacional de Ténis e Padel para 2025, além da candidatura para o Mundial de Desportos de Praia, em 2026.
Um momento de frustração foi o impasse sobre a Serenata Monumental da Queima das Fitas, que desejava em estilo tradicional e na Sé Velha, mas que enfrentou restrições. O presidente espera que, no futuro, o evento retome o caráter histórico e sem limitações.
Além das dificuldades logísticas, o dirigente estudantil reiterou a responsabilidade ética da AAC, enfatizando o compromisso com os direitos humanos e a dignidade humana como princípio central da associação. Relembra que a Associação sempre se posicionou do lado do oprimido e incentiva que essa postura seja mantida, de modo a defender estratégias para apoiar quem precisa, mesmo diante dos desafios globais aos direitos humanos.
Ao futuro dirigente estudantil, Renato Daniel deixa uma mensagem clara: “Pensa mais nos estudantes do que em ti próprio”.
De futuro, o presidente da AAC pretende seguir a carreira na área da gestão e economia da saúde, mantendo o espírito de serviço público que marcou o seu mandato na Associação Académica de Coimbra.