Afro-Portugal conquista financiamento para formação em 2026
O projeto ganhou asas em 2022, para uma “grande celebração das artes negras”. Uma das grandes bandeiras do Afro-Portugal é a abertura a todos os públicos. Daqui a dois anos haverá orçamento para formação aos jovens artistas.
O Afro-Portugal regressa a Coimbra, entre 1 e 15 de novembro, para a segunda edição. Organizado pelo Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e pela Escola da Noite, este evento vai contar com mais de uma centena de envolvidos.
O projeto ganhou asas em 2022, para uma “grande celebração das artes negras”, segundo a curadora do Afro-Portugal, Catarina Martins. A grande novidade deste ano é a quase exclusividade de artistas negros na programação, apenas um artista branco vai ter um filme em destaque durante as duas semanas.
Uma das grandes bandeiras do Afro-Portugal é a abertura a todos os públicos. Existe a possibilidade de os jovens africanos e afrodescendentes poderem estabelecer um empoderamento. As pessoas de fora da comunidade também têm a oportunidade de criar laços com a cultura negra.
Catarina Martins frisa o facto de que em Portugal, fora de Lisboa, não existir um “festival de cultura negra com esta dimensão”. O Afro-Portugal abre no dia 1 de novembro, no TAGV com um debate, e segue com a abertura da exposição “Novos Territórios” na Casa da Esquina.
Esta edição conta também com o apoio da Casa da Esquina, da Casa da Cultura da Guiné-Bissau, da Cena Lusófona e da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Para o Afro-Portugal de 2026 há um financiamento inédito que vai permitir uma formação. Este dinheiro vai possibilitar também um apoio mais extenso às artes visuais, que exigem um grande investimento.
O Afro-Portugal deste ano vai estar espalhado por vários locais da cidade. Iniciativas como teatros, debates e uma feira do livro itinerante constam no cartaz para esta segunda edição. A programação abrange todas as idades. Toda a programação aqui.
Fotografia: Casa da Esquina