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22.10.2024POR Isabel Simões

18% dos desempregados registados no Centro de Emprego do IEFP de Coimbra são migrantes

IEFP e ACT promoveram na Casa Municipal da Cultura uma sessão sobre “Integração de pessoas migrantes no mercado de trabalho e vicissitudes da relação laboral”

Dos 9000 registados como desempregados no Instituto de Emprego e Formação Profissional de Coimbra (IEFP), 18% são migrantes.

Sónia Pinto, diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional do IEFP, revelou o número esta manhã na Casa da Cultura numa sessão em que a Autoridade para as Condições no Trabalho e o IEFP esclareceram sobre as regras que empresas e instituições devem ter em conta quando integram migrantes.

A vereadora da Câmara Municipal de Coimbra para a Ação Social Ana Cortez Vaz encerrou a sessão e deixou um apelo para se abrir uma porta para a integração dos migrantes ser completa.

Uma das dificuldades de quem chega ao país vindo de países terceiros ou europeus passa por não falar a Língua Portuguesa. Seria essencial que as entidades públicas conseguissem ter tradutores que fizessem a ponte entre instituições e quem não domina a língua do país.

Para a vereadora a língua pode ser “um obstáculo gigantesco”, deixando o desafio ao IEFP de aumentar a formação para migrantes na área.

Considerando que o encontro de hoje abriu uma porta para a integração ser completa, a vereadora considera que “não basta haver trabalho” e há que falar “sem medo” na questão da integração cultural.

Na população escolar, entre alunos dos jardins de infância e escolas básicas são já 17% os filhos de migrantes a frequentarem o ensino pré-escolar e o ensino básico.

Segundo a Agência Lusa, o líder da Igreja Católica, o Papa Francisco, defendeu hoje que não se pode “fechar a porta aos migrantes”, depois de um tribunal italiano ter obrigado ao regresso dos migrantes detidos num campo de internamento albanês.

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