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“A Hora em que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros” apresenta-se no Convento São Francisco

Companhia de Olga Roriz convida sempre elementos da comunidade para interpretarem parte das 450 personagens descritas por Peter Handke. Em Coimbra candidataram-se 70 pessoas. Foram escolhidas 21.

A peça do escritor austríaco Peter Handke sobe a palco do Grande Auditório do Convento São Francisco amanhã, sexta-feira, às 21h30. A coreografia pertence a Olga Roriz. A coreógrafa viu a peça pela primeira vez no Teatro Nacional Dona Maria quando António Lagarto dirigia a companhia.

“Uma peça estranha muito especial”, contou à RUC.

Mais tarde em 2000, José Wallenstein, já como diretor do Teatro São João no Porto voltou a encenar a peça. E a estranheza de uma peça sem texto, apenas com didascálias, não “saiu da cabeça” da coreógrafa.

Passados mais de 20 anos, o que levou Olga Roriz a recuperar a imagem e a ideia de “A Hora em que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros” foi a “vontade de trabalhar com a comunidade”.

É a primeira vez que a coreógrafa trabalha com a comunidade dos locais onde a companhia se apresenta, embora desenvolva projetos com populações prisionais. No entanto, quis fazê-lo de forma diferente do que vê em muitos espetáculos.

A peça de bailado tem sete bailarinos profissionais, quatro homens e três mulheres e com a comunidade de cada um dos locais são 28 bailarinos. As personagens vão sendo divididas por elementos da comunidade e pelo elenco da própria companhia,

No próximo ano a Companhia Olga Roriz celebra 30 anos e vai comemorar com um solo da coreógrafa que vai voltar a dançar e com um espetáculo no CCB em que vão estar em palco elementos que foram fazendo parte da companhia ao longo dos anos.

Fotografia: Convento São Francisco

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