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CT da UC propõe soluções para falta de estacionamento e mobilidade nos polos universitários

Criação de parques periféricos para estacionamento, aumento das linhas diretas dos SMTUC para os polos da UC e entre eles, além de uma maior frequência de autocarros na Linha do Botânico entre as 8h00 e as 10h00 e entre as 16h30 e as 18h30, são algumas das propostas.

Preocupada com a diminuição de estacionamento e mobilidade nos polos universitários, que afetam o bem-estar e saúde mental de trabalhadores e estudantes da Universidade de Coimbra (UC), a Comissão de Trabalhadores realizou um estudo cujas conclusões foram apresentadas ontem, dia 23 de setembro, no Student Hub.

O estudo menciona que cerca de 20 mil pessoas frequentam diariamente a Alta Universitária e que os 1000 lugares de estacionamentos disponíveis são manifestamente insuficientes.

Na conferência de imprensa, António Trindade, coordenador da Comissão de Trabalhadores, revelou que a Universidade de Coimbra tem terreno disponível para construir um parque periférico no Polo II, mas que carece de apoio da Câmara Municipal para a concretização.

Segundo a Comissão de Trabalhadores da UC, os SMTUC dispõe de quatro linhas da rede geral e duas linhas da Ecovia (Verde e Vermelha) para acesso à Alta Universitária. A inconstância no cumprimento de horários da linha Verde tem demovido a utilização.

Já a linha 34 que liga o Polo I ao Polo II tem circuito longo, sofre atrasos frequentes e circula muitas vezes lotada. Alunos de Medicina dos primeiros anos têm aulas nos dois polos (I e III) e utilizam para se deslocarem as transportadoras de plataformas digitais.

Edgar Mendes, do grupo de trabalho responsável pelo relatório, explicou que a falta de ligação direta entre o Polo I e o Polo III tem sido compensada pelas operadoras de plataformas digitais, o que tem causado congestionamento na Rua Larga.

Consciente da problemática de circulação e estacionamento, quer no Polo I, quer no Polo III da Universidade de Coimbra, Ana Bastos, vereadora responsável pela área na Câmara Municipal de Coimbra, manifestou à RUC compreensão pelas propostas. No entanto, a responsável lembrou a falta de meios, motoristas e de veículos para aumentar números de linhas de autocarro.

Quanto ao aumento de estacionamento no Polo I, a vereadora explicou que a tendência na Europa, especialmente em cidades históricas como Coimbra, é reduzir o estacionamento. A autarca espera que o futuro MetroBus melhore a articulação entre o Polo I e a zona de Celas, lamentando que o Sistema de Mobilidade do Mondego não inclua a rotunda do Papa, como sempre defendeu.

A falta de lugares de estacionamento tem forçado a comunidade académica a chegar à Alta Universitária cada vez mais cedo, entre as 7h00 e as 7h30, para garantir uma vaga. Como o horário de trabalho só começa às 8h00, é comum encontrar trabalhadores a dormir nos carros, o que, segundo a CT, prejudica a saúde e a produtividade diárias.

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