SMTUC dão primeiro passo para revisão da arquitetura da rede
Câmara de Coimbra aprovou por unanimidade premissas para caderno de encargos do estudo que vai requalificar rede dos SMTUC, melhorar mobilidade e estabelecer conetividade com Operadores de Transporte Público Coletivo da região.
Conseguir “regularidade do serviço e cumprimento dos horários é componente relevante da qualidade de serviço percebida pelos utentes”, escreve no documento a equipa coordenada por Álvaro Seco. O documento foi apresentado ontem na reunião do executivo.
Garantir que com entrada em funcionamento do MetroBus a oferta de mobilidade no território seja no mínimo igual à oferta atual e evitar ao máximo transbordos são duas grandes metas, afirma o especialista em transportes.
Ana Bastos, vereadora responsável pelos Transportes e Mobilidade responde ao desencanto do Partido Socialista e da CDU em não se aproveitar o momento para levar os SMTUC a outras áreas do concelho.
São 11 os Espaços Centrais Âncora, que concentram os principais polos comerciais e de serviços, sete na margem direita do Rio Mondego e quatro na margem esquerda, alguns não serão servidos pelo MetroBus, mas sim pelos SMTUC.
A ligação de algumas zonas periféricas da cidade não terão serviço direto, mas a solução não deve propor mais do que dois transbordos. Viagens entre zonas ancora, pela sua importância, terão ligação entre elas com serviços diretos.
Alvaro Seco fala sobre os principais ‘interfaces’ modais.
O caderno de encargos vai especificar trabalho para dez meses. Na primeira fase (3,5 meses) a empresa escolhida terá de executar o Planeamento Estratégico da Rede. O estudo vai ter de propor “duas arquiteturas da rede de transporte coletivo regular”.
A primeira arquitetura proposta terá de permitir “uma adequada integração das várias redes de transporte coletivo”, e a segunda “valorizar a eficiência económica”. No final, a Câmara de Coimbra escolhe uma das duas arquiteturas.
Segue-se, durante 4,5 meses, o desenho detalhado do que serão linhas, paragens e horários. No final da segunda fase haverá “ações de consulta pública, para auscultação da população, utilizadora e não utilizadora dos SMTUC, para aferir a qualidade da reformulação da rede desenvolvida”.
As duas primeiras fases vão definira política de mobilidade do Município de Coimbra, esclarece Álvaro Seco.
Coordenar oferta dos SMTUC com o serviço intermunicipal e inter-regional oferecido pela CIM da Região de Coimbra é outro dos grandes objetivos. O documento acautela “que as conexões entre zonas não dizem respeito apenas à oferta da rede dos SMTUC, mas sim à oferta de todo o sistema de mobilidade”.
Quanto ao bilhete único para circulação no território foi dado mais um passo com a aprovação do Tribunal de Contas da criação da Agência para a Gestão Intermodal no Território da Região de Coimbra (AGIT). Na próxima semana será assinado o protocolo com a CIM da Região de Coimbra.
Dificuldades de natureza técnica não vão permitir a inclusão da CP no sistema tarifário integrado, no momento da entrada ao serviço do MetroBus. No entanto, há esperança de tal ser possível com a chegada da Alta Velocidade e a duplicação da linha entre Taveiro e a futura Estação de Coimbra (agora ainda Coimbra-B).
Fotografia: Câmara Municipal de Coimbra