Sonic Blast 2024 – Praia! Riffs! Rock ‘n Roll! (Warm Up e 1º Dia)
Antes de nos fazermos ao caminho, contudo, é essencial verificar se as malas – que por sinal não são poucas – estão bem feitas e têm tudo o necessário para este fim de semana alargado. Não se leva só roupa, colchão ou tendas. Não. A RUC volta, novamente, a fazer emissão em direto a partir […]
Antes de nos fazermos ao caminho, contudo, é essencial verificar se as malas – que por sinal não são poucas – estão bem feitas e têm tudo o necessário para este fim de semana alargado. Não se leva só roupa, colchão ou tendas. Não. A RUC volta, novamente, a fazer emissão em direto a partir da praia da duna dos Caldeirões e como tal levámos também o nosso estúdio móvel.
Arrancamos, então, pelas 11H da manhã em direção a Vila Praia de Âncora. Faz-se uma paragem para abastecer o carro, outra para tomar um grande almoço em Cucujães, e às 16h30 finalmente chegamos ao destino – e agora é ganhar coragem para montar as tendas, levantar os bilhetes, montar o tal estúdio móvel, e esperar pelas 22h e pelo primeiro concerto daquilo que nos esperava – o Warm Up do Sonic Blast. No entretanto, ainda houve tempo para aproveitar a praia, ver caras conhecidas, e começar as festividades.
Às 22h toca o relógio para dar início do primeiro concerto. Começamos ao som de BOW, um dos grandes nomes atuais do hardcore nacional, já com presença e peso, onde somos presenteados com perto de uma hora de riffs e moshing. A banda já marcou presença em Coimbra, num festival onde a RUC também participou, por isso é sempre bom (re)ver as bandas que nos marcaram. No final do concerto tocam a Territorial Pissings, dos Nirvana, e deixam a cama bem quente para a banda que os segue.
De seguida sobem a palco Spitgod, que já são da nossa casa – num publico completamente eletrizado pela parede de bateria e guitarra ao qual já nos habituaram. Aliás, as movimentações foram tantas que alguns de nós estiveram envolvidos no decorrer do que foi quase uma hora de puro metal, sem medos. No dia seguinte falamos com eles durante a nossa emissão em direto, onde falamos sobre o concerto, os trabalhos mais recentes, e sobre o equilíbrio entre a vida em cima e fora do palco.
A noite avança com Saint Karlov, e conclui-se com Branca Studio DJ Set pela noite dentro – até ser tempo de voltar às tendas para o descanso necessário. Afinal, isto era só o warm up… e os dias seguintes prometem.
1º Dia, 8 de Agosto
O sol nasce. Aos poucos as tendas vão-se abrindo, trocam-se os bons dias, e preparam-se as mochilas para fazer a caminhada até ao Café Central para iniciar o dia com chave de ouro. Depois de um hambúrguer de espadarte comido, estávamos prontos para dar inicio ao primeiro dia do festival.
O dia é longo, e entre a correria para ver o que o Sonic Blast oferecia a nível de merchandise, comida, ver os concertos, fazer a emissão onde (como referido anteriormente) se entrevistou Spitgod, fez-se muita coisa. O line-up das bandas do dia era longo, mas houve uns claros destaques importantes de referir.
Já a assinalar o final da tarde, Black Mountain sobre ao Main Stage 1 com o seu rock psicadélico. O concerto foi marcante no sentido em que ele próprio representou o que o Sonic Blast pretende – a praia e os riffs. Foi perto de uma hora de texturas musicais que fizeram mover os corpos de quem os viu.
MÁQUINA, logo de seguida, trouxe ritmos e grooves que talvez possa parecer destoante dado aquilo ao que o festival nos habitou, mas nós garantimos que funcionou muito bem. A banda lisboeta, que já fez a sua passagem pelo nosso Palco RUC, garantiu 45 minutos de clubbing entre a hora dourada do por do sol e o inicio da noite, pondo todos a bater pé com o seu Krautrock intenso. Até dá gosto ver como a presença em palco e a confiança na música envolve numa banda que se acompanha quase desde o início.
E, já depois do jantar tomado, o pico da noite foi com suecos Viagra Boys. O publico encheu completamente o recinto do festival e com boa razão, sendo talvez uma das maiores confirmações aos quais tivemos o prazer de ver. O estilo, o humor, o carisma, e claro – a boa música encheu a noite de quinta feira. Ouviu-se bem o catálogo dos suecos, com destaque para os temas Troglodyte, Sports, e Ain’t No Thief.
Após este cocktail musical, decidimos voltar às tendas. O descanso era necessário. Ainda se conversou pela noite dentro, mas em breve o sono tomou as rédeas. E assim terminamos o primeiro dia.