Programa do IPN promete fortalecer startups especializadas em IA
Validação de ideias de negócio, desenvolvimento de competências essenciais e sessões de mentoria são pontos fortes desta iniciativa. Programa de aceleração culmina com apresentação dos projetos das startups a investidores e especialistas do setor.
O Instituto Pedro Nunes (IPN) lançou um novo programa de aceleração de empresas destinado a startups que desenvolvam soluções baseadas em Inteligência Artificial e Computação de alta performance. Este programa, inserido no projeto ATTRACT, uma parceria europeia da qual o IPN faz parte, vai ocorrer entre outubro e novembro deste ano com as candidaturas a estarem abertas até 16 de setembro.
O objetivo do programa é apoiar startups na validação das suas ideias de negócio e no desenvolvimento de competências essenciais. Os participantes vão ter acesso a workshops, palestras e sessões de mentoria. O programa culmina com o Demo Day, onde as startups vão poder apresentar os seus projetos a investidores e especialistas do setor. Uma oportunidade para as startups participantes ganharem visibilidade e atraírem potenciais investimentos.
Carla Duarte, responsável do IPN, esteve à conversa com a RUC e explicou que esta iniciativa, focada em startups cujo negócio se centre na Inteligência Artificial (IA) e High Performance Computing (HPC), visa fortalecer várias vertentes destas empresas de forma rápida e eficaz.
Carla Duarte, referiu que o programa tem como objetivo desenvolver competências empreendedoras, incluindo a capacidade de fazer pitches e compreender conceitos de inovação. O programa vai ainda promover uma rede de networking e culminar com apresentações por parte das startups perante investidores e especialistas.
A responsável do IPN salientou que o programa é destinado a startups já estabelecidas, com pelo menos algum desenvolvimento de produto na área de IA e HPC. Cada empresa participante pode ser representada por duas a cinco pessoas e as candidaturas, que são gratuitas, podem ser feitas no website do projeto. Segundo Carla Duarte, o trabalho das incubadoras e dos investidores não se esgota nos programas de aceleração e no apoio financeiro, respetivamente.
Quanto ao desenvolvimento do setor da Inteligência Artificial e da Computação de alta performance em Portugal, Carla Duarte observou que no ano passado, pouco se falava destas áreas, mas que em apenas um ano houve uma explosão no interesse e na adoção destas tecnologias. Segundo a responsável esta adoção tem sido bastante significativa nos tempos mais recentes e avança uma explicação para isso.
Este programa de aceleração de empresas destinado a startups que desenvolvam soluções baseadas em Inteligência Artificial e Computação de Alta Performance vai contar com três sessões presenciais: a primeira aborda modelos de negócio, questões éticas e inclui convidados ligados à IA e às empresas; a segunda foca-se na proteção da propriedade intelectual e no desenvolvimento do produto, com mentores vindos de empresas consolidadas; a terceira dedica-se ao desenvolvimento do negócio, oportunidades de financiamento público e privado, e ao treino de pitches.
O programa culmina no dia 28 de novembro com o Demo Day, onde as empresas participantes vão apresentar os seus pitches perante uma audiência de investidores e especialistas.
Fotografia: IPN