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23.07.2024POR Isabel Simões

Câmara de Coimbra adiou decisão do Estádio para tentar chegar a acordo com AAC/OAF

Acordo de Utilização do Estádio Cidade de Coimbra pela AAC/OAF reagendado para a próxima quarta-feira, dia 24 de julho, às 21h30. Última proposta de contrato de desenvolvimento desportivo ainda não satisfaz o município.

De 2004 até agora, data do primeiro contrato da Câmara Municipal de Coimbra com a Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF) para a gestão do Estádio Cidade de Coimbra, a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto mudou, “a realidade é outra” e impede o município de apoiar o futebol profissional, invocou o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC).

José Manuel Silva, procurou assim rebater as acusações da vereadora socialista, Regina Bento, de que a questão tem “causado alarme social” na cidade e que o presidente se “escudou” em questões de “cariz técnico”. A vereadora lamentou também que passado um ano da rescisão do contrato anterior a maioria ter sido “incapaz de trazer uma proposta de consensualidade” à vereação.

Regina Bento reconheceu que a Académica de Coimbra “está longe das glórias do passado” ao disputar a Liga 3, uma liga que considerou não profissional, por isso mesmo, necessita de apoio. A vereadora acusou a maioria que governa a Câmara Municipal de propor “um contrato leonino“, em que não gasta um cêntimo, mas mantém “todas as prerrogativas”.

O vice-presidente da Câmara Municipal, Francisco Veiga, informou que a necessidade de haver um programa de desenvolvimento desportivo visa apoiar, com o remanescente do que sobra da manutenção do Estádio a formação e as “atividades amadoras”, referindo, não ser isso “que está no documento que a Académica enviou esta noite”.

José Manuel Silva lembrou que na proposta da AAC/OAF de 11 de junho, o destino das verbas provenientes dos espaços comerciais tinha um “foco excessivo” no futebol profissional. “Acima de nós está a lei”, “acima da Académica está a lei”, alegou.

Ainda assim, o presidente da Câmara de Coimbra reafirmou estar empenhado “em chegar a um acordo” mas que “um consenso exige duas partes”.

Lembramos que a Câmara Municipal de Coimbra pediu um parecer jurídico a Pedro Gonçalves, especialista em Direito Administrativo e fundamenta as exigências para com a AAC/OAF nesse parecer. A Académica divulgou no dia 20 de julho uma nota onde revela que o clube continua “empenhado” em conseguir chegar a um consenso.

Câmara de Coimbra reuniu ontem, segunda-feira, na Junta de Freguesia de Torres de Mondego. A próxima reunião vai decorrer quarta-feira, dia 24, às 21h30, uma sessão que será de ponto único, a ter lugar nos Paços do Concelho.

Pode ouvir a discussão sobre o acordo do Estádio Cidade de Coimbra no ‘podcast’ do início do artigo.

Fotografia: CMC

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