Exposição “Agora, Peregrino Vago e Errante” inaugura Festival das Artes Quebra Jazz
Edifício Chiado do Museu Municipal de Coimbra acolhe exposição de fotografia que retrata comunidades nómadas e migrantes em periferias urbanas. Ilustra também momentos do quotidiano de Goa, Macau e Moçambique.
A exposição inaugurou o Festival das Artes de Coimbra Quebra Jazz. O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva enalteceu “a qualidade” da programação que até 31 de agosto celebra “cultura, educação e entretenimento”.
No campo das Artes, a organização lançou um repto aos Encontros de Fotografia. Catarina Portelinha, curadora da mostra, escolheu do acervo das 2500 obras dos Encontros de Fotografia as que ilustram o lema da 15ª. Edição do Festival das Artes Quebra Jazz, “Mensageiros”.
Para a RUC, a curadora deu a conhecer o fio condutor de “Agora, Peregrino Vago e Errante”, nome que designa a exposição, inaugurada ontem. Se por um lado a mostra assinala os 500 anos de Camões, por outro, também obriga a uma reflexão sobre a expansão portuguesa.
As comunidades nómadas e migrantes e o marco histórico da queda do muro de Berlim também estão assinalados na exposição. Fotógrafos nacionais e internacionais em périplo pelo Norte de África e Médio Oriente dão-nos uma visão de outras geografias.
O Festival faz-se de Arte mas também de palavra, música, cinema e culinária. Poesia de Camões por Marta Pereira da Costa e António Fonseca passam no Ciclo da Palavra com “Camões, Mensagens para Mensageiros”. Experiências culinárias com o chefe Vítor Sobral promete dar a conhecer “o que trouxemos” e “o que levamos” do Japão, Filipinas e Tailândia.
Domingo, dia 21, a Grande Coisa vai levar viajantes num percurso literário desde a Avenida Dias da Silva até à Baixa da cidade e assim celebrar Zeca Afonso e os 50 anos do 25 de Abril.
Até 24 de julho vão passar pelo Anfiteatro da Colina de Camões, entre outros, “Os Músicos do Tejo”, a Orquestra Gulbenkian e Artur Pizarro. Hoje, quinta-feira, dia 18, Mário Laginha e Pedro Burmester celebram a Liberdade.
As escadas do Quebra Costa acolhem o Ciclo do Jazz. Inicia no fim de semana de 26 e 27 de julho com “Noite” do Jazz Trio e termina no último fim de semana de agosto com o saxofonista e compositor Miguel Valente.
Pode consultar toda a programação aqui e ouvir a entrevista a Catarina Portelinha no ‘podcast’ do início do artigo.
Fotografia: CMC@Tiago Costa