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30º dia da Acampada Estudante marcado por manifestação

Acampada Estudante na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra completou 30 dias de atividade. Os manifestantes reuniram-se no Largo da Porta Férrea para dar a conhecer o seu manifesto.

A Acampada Estudante de Coimbra realizou hoje uma manifestação pela justiça e solidariedade do povo palestiniano. Estavam presentes cerca de 30 estudantes, no Largo da Porta Férrea, acompanhados de bandeiras, cartazes e microfones.

Mariana Costa, uma das protestantes, fez a leitura do manifesto escrito da Acampada, que abordava a perda de mais de 37 mil vidas palestinianas, a destruição de patrimónios da Palestina e as exigências individuais do acampamento. Segundo Mariana Costa, as reivindicações são “muito claras” e passam desde o posicionamento da Universidade de Coimbra por um cessar-fogo imediato e permanente, o hasteamento da bandeira da Palestina na torre da Universidade por tempo indefinido e o término de todos os programas, acordos e protocolos com empresas e instituições israelitas.

A Acampada elaborou um abaixo-assinado para a comunidade académica com mais de 900 assinaturas, com o objetivo de informar e agregar o posicionamento da comunidade. De acordo com Mariana Costa, a assinatura de docentes pode ser um meio para alcançar o cessar-fogo imediato.

O acampamento está a decorrer há 30 dias no pátio da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com atividades constantes de sensibilização do conflito. Os manifestantes conseguiram reunir com a reitoria da Universidade três vezes, duas delas com Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra.

Na opinião dos integrantes da Acampada, não há uma mudança de posição da Universidade, já que, segundo Mariana Costa, a reitoria não identifica a necessidade de cessar-fogo e resguarda-se atrás do Estado português. Amílcar Falcão explicou aos estudantes que não existe cumplicidade com entidades israelitas, já que a ciência é neutra e não se pode controlar os seus processos, completou Mariana.

A última reunião foi no passado dia 11 de junho e a representante revelou que o reitor prometeu verbalmente a revisão dos programas académicos entre a Universidade de Coimbra e entidades israelitas, mas não informou quais seriam os critérios da revisão e quais os fins.

A Acampada Estudante vai continuar ativa nas suas investigações e na atividade de informar a comunidade académica da situação da Palestina. Mariana Costa, assim como os outros manifestantes, pretende ser ouvida, encarada de forma séria pela reitoria da Universidade e alcançar as exigências afixadas.

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