Livre entende que União Europeia pode fazer mais pela reabilitação de casas para alojamento estudantil
Candidato do Livre ao Parlamento Europeu identifica-se com reivindicação da Associação Académica de Coimbra em prol da existência de mais residências universitárias. Para Francisco Paupério “Fundos Europeus podem fazer mais”.
A criação de um programa europeu de alojamento estudantil associado a um programa de incentivo e reabilitação de casas para possibilitar mais alojamento para jovens estudantes, são exigências do caderno reivindicativo da Associação Académica de Coimbra (AAC). O candidato do Livre foi recebido hoje pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, no âmbito das eleições europeias.
Francisco Paupério identifica-se com as demandas e vai mais longe considerando que as verbas disponibilizadas pelo PRR não são suficientes. “A União Europeia pode fazer mais através dos fundos europeus” e para além de 2027 (horizonte temporal do PRR), disse.
O Estatuto Europeu do Estudante do Ensino Superior foi outro dos assuntos em análise. O Livre acompanha a proposta, mas acrescenta à padronização ou uniformização do ensino superior na União Europeia, o mesmo processo para o ensino secundário.
Em campanha na região, o Livre passou ontem pela Marinha das Ondas, onde existe uma comunidade de migrantes. À RUC contou que a comunidade já não vê Portugal como um destino intermédio, de passagem para outros países, mas como destino. Dá o exemplo de um emigrante que veio do Bangladesh, que tinha passado pela Dinamarca e pelo Canadá e na localidade do concelho da Figueira da Foz sentiu-se “acolhido pela comunidade”.
O Parlamento Europeu validou o pacto sobre migração e asilo da União Europeia. O cabeça de Lista do Livre às eleições europeias, lembra que o Livre é contra este pacto por considerar que não coloca os direitos humanos no centro da política de migração.
O Livre acredita num sistema económico em que marquem presença os três setores: o setor público, o setor privado e o setor das cooperativas. Entende também que o setor das cooperativas foi sempre prejudicado em relação aos outros dois.
Segundo o candidato, o surgimento na Europa Central, sobretudo, e na Europa do Norte, de cooperativas para várias funções tem “resultado muito bem” até na questão da habitação. Lembra que a Europa não tem apoiado suficientemente a área do cooperativismo e que os fundos europeus “são insuficientes” para este setor da economia.
Uma das propostas do Livre no campo económico passa, pelo setor energético. O partido considera importante “haver uma agência nacional para o hidrogénio verde”, um setor em desenvolvimento e que “convém ao Estado ter mais conhecimento” sobre o assunto.
Pode ouvir a entrevista na íntegra no ‘podcast’ do início do artigo.