Mondeguinas realçam a importância das tunas femininas em palco
O bom ambiente entre as tunas femininas, a adesão da comunidade estudantil às atuações dos grupos académicos e o papel da mulher na Academia são alguns dos tópicos considerados fulcrais pelas Mondeguinas. A degradação da tradição coimbrã é uma das grandes preocupações de Rita Neves e Alexandra Guimarães.
Com a torre da Universidade de Coimbra iluminada com a cor da Faculdade de Letras, a Queima das Fitas deu como inaugurada mais uma noite na Praça da Canção. Após as atuações dos artistas principais de dia 27, subiram ao palco a Estudantina Feminina de Coimbra e as Mondeguinas.
Ao microfone da Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Alexandra Guimarães e Rita Neves, ambas representantes das Mondeguinas, deram o seu parecer positivo e esperançoso para mais uma edição da Queima das Fitas. No entanto, os membros da Tuna Feminina da Universidade de Coimbra não deixam de mencionar a degradação da tradição ao longo dos anos, assim como o papel essencial das grupos académicos da Associação Académica de Coimbra (AAC) na manutenção da mesma.
Segundo Rita Neves, é impossível usar “palavras bonitas” para descrever a adesão dos estudantes às atuações das tunas académicas. A representante das Mondeguinas critica, ainda, a subida do som proveniente da “tenda”, assim que os concertos principais terminam, o que acaba por prejudicar a prestação dos grupos académicos. Para a Mondeguina, a sobreposição e a dualidade entre o Palco Principal e a “tenda” deteriora a tradição e impede que as tunas tenham o “reconhecimento devido”.
Além de todos os impedimentos, Alexandra Guimarães aproveita para realçar o papel das tunas femininas na Academia. Segundo a representante, os grupos académicos femininos têm vindo a ganhar o seu lugar, através da maior presença em eventos e do bom ambiente entre as diversas tunas femininas. Ao microfone da RUC, Alexandra Guimarães menciona, ainda, a iniciativa desenvolvida pelas Mondeguinas onde juntaram as quatro tunas femininas da Universidade de Coimbra.
Rita Neves defende, também, a diversidade musical e logística de cada grupo académico feminino e afirma que é necessário apreciar aquilo que as tunas desenvolvem ao longo do ano letivo, de forma a perpetuar a tradição coimbrã patente à Queima das Fitas.