Resistência, Liberdade e Revolução: o mote da exposição da Nova Escultura Galega segundo Vanda Madureira
Exposição Abril Vermelho pretende fazer o público refletir sobre a liberdade e a vida antes da Revolução. Casa das Artes Visuais está colorida de vermelho e promete fazer o recetor sentir a força desta cor.
A Anozero – Bienal de Coimbra é uma iniciativa que pretende compreender o significado simbólico da nova realidade da cidade. O evento é uma junção do mundo da arte contemporânea e do património. Na sua 5ª edição, a Anozero convida o público a conhecer o universo do: “Fantasma da Liberdade”. Até ao dia 30 de junho, os interessados podem seguir o itinerário que percorre vários núcleos expositivos, desde a Sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
No Colégio das Artes de Coimbra o coletivo da Nova Escultura Galega (NEG) apresenta uma obra com a colaboração dos alunos da Universidade de Coimbra. Em conversa com a RUC, Vanda Madureira, artista plástica que faz a guardaria da exposição no Colégio das Artes, resume a exposição em três palavras: resistência, liberdade e revolução.
Segundo Vanda Madureira, “A arte é liberdade, que percorre as salas da exposição com várias vertentes, desde o surrealismo ao futurismo e ao 25 de abril”. Percorre o interior das salas com peças sonoras, uma citação aos cantares de trabalho, e ressalta que a exposição cita a Liberdade em várias formas, fazendo até ponte com outra exposição: “Abril Vermelho”.
A responsável chama à atenção para o facto da exposição começar com uma escultura com a mão levantada, o que de acordo com Vanda Madureira pode ser interpretado como um artista a lutar pela “arte”. A artista plástica, acredita que a interpretação da arte deve ser individual.
A Anozero – Bienal de Coimbra iniciou-se no mês de abril, mês da Revolução dos Cravos. Pretende levar o público a celebrar e a sentir as emoções da liberdade, “uma espécie de fantasma inescapável e espetral”, considera o diretor da Bienal, Carlos Antunes. É desta forma que o Centro de Artes Visuais de Coimbra (CAV) exibe obras de 21 artistas, para expandir o significado do 25 de Abril em Portugal. “Esta é uma ponte entre a liberdade conquistada e um fantasma de um país atrasado e isolado” explica ainda o curador da exposição, Miguel von Hafe Pérez.
A exposição do Colégio das Artes e do CAV refletem o mesmo tema e incitam o público a refletir sobre a importância da liberdade.