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Reitor não cede às reivindicações dos estudantes do Coimbra pela Palestina

Após um dia de acampada, estudantes não tiveram sucesso na realização dos seus pedidos. Falta de posicionamento do Estado Português em relação ao conflito israelo-palestiniano é um dos motivos apresentados pela reitoria.

Vários estudantes de Coimbra iniciaram na passada terça-feira, dia 21 de maio, uma acampada estudantil em solidariedade com a Palestina, em frente à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC). Sob o mote “Fim ao Genocídio em Curso na Palestina”, os estudantes estão, desde ontem à noite, a dormir em tendas, a fazer refeições ao ar-livre e a sensibilizar a comunidade estudantil com o seu protesto.

O objetivo da acampada é pressionar a Universidade de Coimbra à adoção de medidas concretas e consciencializar para as vítimas palestinianas.

Maria João Gonçalves, uma das representantes do Movimento Coimbra pela Palestina, acusa a universidade de indiferença e de colaborar com instituições e empresas israelitas.

Em colaboração com o movimento estudantil nacional e internacional, os estudantes começaram a acampada com um conjunto de exigências dirigidas ao reitor Amílcar Falcão. A estudante Mariana Costa, outra das ativistas, destacou a urgência por um “cessar-fogo imediato, o hasteamento da bandeira da Palestina na Torre da UC e o término de todos os programas, acordos e protocolos com empresas e universidades israelitas”. Face a estes pedidos, a reitoria apresentou um parecer negativo.

Os ativistas manifestaram descontentamento com a resposta do reitor e afirmam que a própria universidade, sendo uma instituição de pensamento crítico, é um espaço político.

Os estudantes contrapõem que o corte de relações com Israel incentiva à resolução pacífica do conflito e que o hasteamento da bandeira palestiniana na Torre da UC se traduz numa expressão de solidariedade para com as vítimas.

Após a resposta do reitor, os estudantes declararam que não tencionam desistir e vão continuar a manifestar uma atitude negocial perante as reivindicações. Quinta-feira, dia 23 de maio, vai haver uma segunda reunião com reitoria da Universidade de Coimbra e os passos seguintes ainda estão por definir.

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