Verão a 2 Tempos une-se a Festival Epicentro para dinamizar a Baixa de Coimbra
A programação de verão promovida pelo Município de Coimbra e pela Blue House vai decorrer entre 1 de junho a 1 de setembro. Os organizadores prometem apresentações de mais de 100 artistas.
A Conferência de apresentação do programa foi apresentada por Rafael Nascimento, chefe da Divisão de Cultura e Promoção Turística (DCPT) da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), João Silva da produtora Blue House, Catarina Pires da Associação “Há Baixa” e Luís Figueiredo, músico e artista programado no âmbito deste evento. Contou também com a presença do presidente da CMC, José Manuel Silva.
“Pensar a cultura de Coimbra através do seu tecido artístico, associativo e cultural”, mas simultaneamente acrescentar camadas e pertinência a este programa, de modo a “desafiar” a cultura é um dos objetivos do evento, garante Rafael Nascimento.
Os vários espaços de programação funcionam de modo a possibilitar o fluxo de públicos, e desta forma dinamizar e revivificar a vida na Baixa. A criação de relações com os lojistas, com as estruturas e com as pessoas que vivem neste espaço é também um grande objetivo do Verão a 2 Tempos * Epicentro.
De modo a criar algo “verdadeiramente novo”, une-se o programa Verão a 2 tempos e o festival de música independente, Epicentro da produtora “Blue House”.
O Verão a 2 Tempos * Epicentro é organizado pelos ciclos: “Sismos”, “Réplicas”, “Ciclo a 2 tempos”, “Palco Epicentro”, “Festas Oficinas Epicentro”, “Conversas na baixa” e programação convergente.
As famílias e as crianças são alvo de oficinas artísticas, organizadas pelos próprios artistas. As onze oficinas duram onze semanas vão acolher grupos de 20 crianças. Cinco destes lugares são reservados para crianças do programa social, com a intenção de manter a cultura acessível. Os organizadores esperam que a iniciativa desenvolva uma relação dos mais novos, não só com a própria criatividade, mas com a baixa de Coimbra, realizando várias atividades nos espaços lúdicos.
Um dos objetivos é também apelar à formação de futuros músicos. Assim, duas das residências artísticas juntam os alunos do curso profissional de Jazz, com convidados profissionais como Bruno Pernadas, Margarida Campelo, entre outros.
Com o objetivo de trazer originalidade a este tipo de iniciativas, algumas programações vão convergir com outros eventos do município. Apesar do ponto de ligação ser principalmente a música, o produtor João Silva, reconhece outros tipos de arte como a dança, o teatro e design de moda.
São cerca de 25, as residências artísticas que vão contar com vários músicos, de modo a incitar à co-criação de objetos artísticos inovadores. Em termos de criação da arte, as residências são o principal foco da programação. Manifesta-se assim, o apoio à criação da arte e o enriquecimento do mapa cultural da cidade.
O palco epicentro, que se vai manter na Praça do Comércio de julho a agosto, acomoda concertos todas as terças e quintas feiras. A presença de artistas nomeadamente do centro e de artistas iranianos, indianos, argentinos, e entre outros, fomenta um cruzamento intercultural e funciona como um ponto de encontro das várias comunidades.
A iniciativa conta com o empenho de várias organizações, para além da CMC e a Blue House, entre elas, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), Associação Cultural Quebra Costas, Escola da Noite, Encontros de Fotografia, Associação Há Baixa, Jazz ao Centro Clube (JACC) e União de Freguesias de Coimbra.
José Manuel Silva destaca o sucesso que o programa municipal Verão a 2 Tempos teve para a dinamização da Baixa o ano passado, e acredita que a programação “ambiciosa” deste ano é um passo satisfatório para a cultura em Coimbra.
Verão a 2 tempos * Epicentro decorre de 1 de junho a 1 de setembro e conta com nomes como A Garota Não, Surma, Pedro Branco, Joana Espadinha, João Figueiredo, entre outros. A entrada dos espetáculos é gratuita.