APPACDM de Coimbra apresenta peça de teatro em prol dos 50 anos do 25 de abril
Celebração dos 50 anos do 25 de abril apresentada hoje numa peça de teatro feita por pessoas com deficiência intelectual. A iniciativa tem como objetivo incluir todas as pessoas na sociedade.
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra realiza esta noite a XII gala no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra, pelas 21horas.
A APPACDM é uma instituição que apoia pessoas com deficiência intelectual com a colaboração de quatro concelhos: Coimbra, Montemor-o-Velho, Arganil e Cantanhede. Organização pretende dar apoio a pessoas com deficiência intelectual desde o início de vida até ao fim, tendo centros e valências distribuídos por todos os concelhos e centros de formação profissional e de atividade e capacitação para a inclusão.
A peça a ser apresentada esta noite conta com 50 utentes vindos de todos os concelhos parceiros. Apesar dos problemas de logística e, por vezes, das dificuldades de comunicação e linguagem, a diretora da APPACDM, Helena Albuquerque, mostra-se confiante relativamente à apresentação da peça.
A Gala relaciona-se com o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual, celebrado na última sexta-feira. O dia procura a criação de espaços próprios onde a deficiência intelectual seja apoiada. Sobre a gala de hoje, a diretora da instituição afirma que será o local ideal para as pessoas com deficiência intelectual mostrarem ao público do que “são capazes” mais do que revelar “as suas incapacidades”.
A principal mensagem deste evento passa por mostrarem “que são capazes de fazer muita coisa que um cidadão comum não é”.
Este ano a peça de teatro tem a temática dos 50 anos do 25 de abril. Helena Albuquerque afirma que o conceito de liberdade é facilmente compreendido pelos utentes, pois mais que ninguém sentem diariamente “o valor da liberdade, da justiça social e da cidadania plena”, e assim têm noção dos direitos das populações mais vulneráveis.
A recetividade dos conimbricenses não desilude, declara a responsável pela instituição. As pessoas mostram-se muito abertas e dispostas a ver o que lhes é oferecido. “Coimbra reage sempre muito bem” às iniciativas, afirma a diretora.
Helena Albuquerque finaliza com um apelo à sociedade relativamente ao julgamento ao outro, tendo empatia pelo outro mesmo que seja diferente.
A integração das pessoas com deficiência intelectual é fácil, basta um tempo para as conhecer e deixar o preconceito de lado.
Fotografia: Facebook da APPACDM