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25.04.2024POR Informação RUC

Cerca de oito mil pessoas desfilaram por Abril em Coimbra

Investigadores, sindicatos, AAC, associações e comunidade conimbricense, desfilaram desde a Praça da República até ao Pátio da Inquisição, celebrando 50 anos do 25 de Abril

Decorreu hoje em Coimbra uma manifestação inserida nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. O desfile teve início na Praça da República, passou pela Avenida Sá da Bandeira e acabou no Pátio da Inquisição, onde decorreu um momento musical em que marcaram presença em palco as tunas “As Fans”, “As Mondeguinas”, o grupo do “GEFAC” e a banda portuguesa “Duques do Precariado”.

Na manifestação, esteve presente a Associação Académica de Coimbra (AAC), representantes de várias organizações, entre eles a FENPROF, a ABIC, APRE. Estiveram presentes ainda representantes de vários partidos políticos.

O secretário geral da FENPROF, Mário Nogueira, destaca a importância dos sindicatos num pós 25 de Abril, visto que antes eram proibidos. Reconhece o sentimento de felicidade pela liberdade e democracia. Apela ao reconhecimento da escola pública.

O presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), Renato Daniel, salienta o papel de Coimbra e dos estudantes na revolução de 1974. Menciona a importância do 17 de abril de 1969, que deu início à crise académica.

Renato Daniel e os representantes da DG/AAC, fizeram-se acompanhar de um andor com a Torre da Cabra, uma faixa com o mote “A Liberdade nasceu aqui” e de balões. Deste modo, recriaram a operação balão que aconteceu durante a crise estudantil da década de 60 do século passado. A torre serviu como símbolo do ensino superior e da sua degradação.

O presidente da DG/AAC, afirmou ainda a relevância do 25 de Abril para a Academia e para a comunidade estudantil.

Carolina Rocha, membro da direção da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica, apela à liberdade plena dos trabalhadores, como foi prometido pela revolução de Abril. Garante que a associação que representa vai manter uma luta contínua pelos direitos dos trabalhadores da ciência.

Ana Luísa Batista, estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, relembra os capitães de Abril que lutaram para agora existirem direitos fundamentais. Afirma ainda, que falta cumprir muitos desses direitos. A investigadora confessa-se ainda muito satisfeita com a adesão que o desfile teve.

Um dos membros da União de Resistentes Antifascistas, considera o 25 de abril como o momento mais importante para o povo português e apela à celebração deste marco.

A manifestação começou pelas 15 horas e teve uma adesão de cerca de 8 mil pessoas.

Fotografias: Beatriz Alemão

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