Obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado dialogam com privadas
Arte Contemporânea pública une-se à Coleção Norlinda e José Lima no Centro de Arte Contemporânea de Coimbra. A exposição, que estará aberta ao público até ao dia 23 de junho, procura reafirmar a importância da arte privada. O declínio da pintura é temática central na inauguração.
O Centro de Arte Contemporânea de Coimbra inaugurou, na passada quinta-feira, 28 de Março, a sexta exposição, intitulada “Do lado mais invisível das imagens”. O ato de inauguração contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.
À margem da cerimónia, o curador da exposição, Daniel Madeira, reconheceu que houve novidade ao nível temático, argumentando ainda que esta edição da exposição parte de uma perspetiva minimalista (visão de uma série de movimentos artístico, cultural e cientifico).
Ainda em resposta à RUC, Daniel Madeira fez referência ao papel inicial da pintura no inicio do século XX, que depois perdeu para a fotografia. De acordo com o curador do “Do lado mais invisível das imagens”, a pintura servia para retratar o real, grandes momentos bélicos e a coroação de reis. Com o potencial do fenómeno fotográfico, a pintura caiu em crise.
Daniel Madeira reconheceu que o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra localiza-se num sítio estratégico, tendo o poder de atrair visitantes. Assegurou ainda que qualquer turista, no seu trajeto, procura visitar o centro cultural da cidade. Para ele, todas as cidades deviam ter Centro de Arte Contemporânea.
A mostra, que vai estar patente até 23 de junho conta obras da coleção de Arte Contemporânea do Estado e da Coleção Norlinda e José Lima, reafirmando a importância das coleções privadas. A exposição contou com a curadoria do José Maçãs de Carvalho, o curador do Centro Arte Contemporânea do Estado e Daniel Madeira.