Estudantes querem que Ensino Superior continue separado do Ministério da Educação
Federações e associações académicas enviaram carta aberta a Luís Montenegro a pedir que não transforme Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em secretaria de Estado. Renato Daniel considera que a “subalternização” dos problemas dos estudantes seria “dramática”.
Foram 12 as estruturas estudantis que subscreveram uma carta aberta a Luís Montenegro que pede que o novo primeiro-ministro mantenha os Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior separados.
À Rádio Universidade de Coimbra, o presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), Renato Daniel, explica que são várias as lutas que são colocadas para segundo plano caso todas as pastas fiquem nas mãos do Ministério da Educação. O dirigente aponta que o novo modelo de financiamento do Ensino Superior ou a conclusão do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES) são apostas que podem ser hipotecadas.
O estudante salienta que Educação e Ensino Superior têm “responsabilidades diferentes” e que isso se tem verificado pelos avanços dos últimos anos. De acordo com Renato Daniel, o crescimento do número de pessoas a frequentar o ensino superior é fruto de uma priorização da pasta.
Na carta enviada ao líder do governo, as estruturas pedem ainda uma audição para “retratar a realidade do Ensino Superior”. O presidente da DG/AAC sublinha que a associação está pronta para contribuir e que, à semelhança do que fez durante a campanha eleitoral, vai continuar a apresentar propostas para solucionar os problemas dos estudantes.
A carta é subscrita pelas Federações Académicas de Lisboa, do Porto, do Ensino Superior Politécnico e pelas Associações Académicas de Coimbra, da Madeira, de Aveiro, de Évora, de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Algarve, do Minho, dos Açores e da Universidade da Beira Interior.
(Fotografia: Parlamento Português)