CDU preocupada com escassez da Habitação Pública

A deputada do PCP no Parlamento Europeu, Sandra Pereira, afirmou que “a insuficiência da habitação pública” é motivo da subida de preços nos arrendamentos no país. A deputada fez esta afirmação numa ação que se enquadra na campanha eleitoral do partido que se realizou quinta-feira, dia 5 de fevereiro, na Universidade de Coimbra, junto às Escadas Monumentais.

Na ação que se insere no programa de mobilização eleitoral e que tem como objetivo estar junto dos estudantes, Sandra Pereira apontou a escassez da habitação pública como uma das razões que estão por trás da crescente subida de preços nos arrendamentos. A deputada do PCP falou na impossibilidade dos estudantes deslocados conseguirem suportar os custos.

A deputada do PCP no Parlamento Europeu considerou que uma família que ganha o salário mínimo não consegue assegurar as despesas, lembrando que é mais difícil para as famílias cujos filhos estudam fora de casa. De acordo com Sandra Pereira, toda esta tendência deve ser revertida.

Questionada sobre a situação dos estudantes internacionais, um tema que marcou um debate promovido pelo Núcleo de Estudantes da Faculdade de Letras da UC, a deputada do Parlamento Europeu enfatizou que a falta de coordenação entre serviços resulta num prejuízo dos estudantes que vêm estudar para Portugal. Sandra Pereira foi ainda mais longe e disse que é injusto o pagamento das propinas por parte dos estudantes internacionais, durante o período de tempo que estão sem estudar, devido ao atraso na emissão de vistos.

Muitas famílias não conseguem pôr os seus filhos a estudar, revelou Sandra Pereira, justificando que, pagar as propinas e a casa é bloquear o acesso à educação. Acrescentou que o acesso à educação é um direito constitucionalmente assegurado.

O PCP ainda vai continuar com as ações de mobilização eleitoral. Entre as atividades de campanha estão o contacto com os trabalhadores da CHUC, um jantar com os militantes e apoiantes na Figueira da Foz e uma sessão junto à população sobre a exploração de caulinos no Baixo Mondego.

Fotografia: PCP