João Pela: “Defendemos uma série de valores que estão a ser desprezados”
O candidato do ADN debruça-se sobre a importância da defesa da soberania nacional e posiciona-se contra a Agenda 2030. A necessidade de tornar Coimbra numa cidade mais atrativa e que seja capaz de fixar cidadãos foi também assinalada pelo entrevistado.
No âmbito das eleições legislativas do próximo dia 10 de março, a Rádio Universidade de Coimbra entrevista todos os cabeças-de-lista que apresentam candidatura pelo círculo eleitoral de Coimbra. O primeiro a ser ouvido em antena nos 107.9 FM foi João Pela, representante do Alternativa Democrática Nacional (ADN).
“Procuramos eliminar tudo o que se refere à entregue da soberania à União Europeia ou à cedência de soberania a outras instâncias”
Num primeiro momento de apresentação do partido e das suas prioridades, o candidato do ADN explica que o partido tenta apresentar uma resposta “ativista” que seja humanista e patriótica. Com ênfase na defesa da soberania nacional em relação à União Europeia e a “outras instâncias”, João Pela descreve o seu partido como não sendo de direita, esquerda ou centro – uma definição da ideologia política em que não acredita.
A defesa do “interesse de Portugal e dos portugueses” esteve no centro do discurso do representante do ADN, que considera que “não podemos permitir a aculturação que está na agenda do dia de muitos partidos”. Segundo afirma,o partido afirma-se contar a Agenda 2030 e há uma série de valores em que o partido se revê que estão a ser “desprezados”.
“Não quero que Coimbra seja sistematicamente um ponto de despedida. Quero que quem lá estude e quem lá vive tenha condições e que tenha um atrativo para guardar os melhores”
Com a lente voltada para o círculo eleitoral de Coimbra, João Pela centra-se na capital de distrito e nos problemas associados. A passar por questões tão diversas como a saúde, a justiça ou a habitação, o candidato frisou a importância da aposta na reconstituição das repúblicas de estudantes, uma vez que são espaços que “deixaram de fazer sentido” e que “devem ser desenvolvidas no âmbito da mobilidade dos estudantes”. O candidato aponta que é também necessário que Coimbra reforce as suas antigas tradições e que valorize o património material e imaterial.
O representante do antigo PDR destaca a necessidade de uma aposta forte na investigação, que faça de Coimbra um centro de referência numa área que vá além da universitária. Nesse sentido, reforça que a cidade deve procurar fixar os melhores para que deixa de ser apenas um “ponto de despedida”.
“Não falamos no fim da propina. Defendemos que ninguém, por falta de meios, deixe de estudar por causa disso”
No que concerne à discussão sobre o ensino superior, João Pela não se quer comprometer com uma postura contra a propina, mas assinala que, no que depender do partido, as pessoas não vão deixar de estudar por falta de recursos. No entanto, o ADN crê que “o Estado deve dar prioridade às áreas de que necessita”, pois “não faz sentido estar com cursos que não têm utilidade prática no território”.
Para ouvir a entrevista completa pode seguir o link acima ou aceder através do nosso Spotify.