Segunda Assembleia Magna de 2024 vai contar com deliberações sobre o “Chega”
A segunda Assembleia Magna (AM/AAC) do ano está agendada para o dia sete de fevereiro de 2024. Com uma ordem de trabalhos delimitada por oito tópicos de intervenção e deliberação, a Assembleia surge, pelas palavras do presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), como uma das mais extensas dos últimos tempos. Em […]
A segunda Assembleia Magna (AM/AAC) do ano está agendada para o dia sete de fevereiro de 2024. Com uma ordem de trabalhos delimitada por oito tópicos de intervenção e deliberação, a Assembleia surge, pelas palavras do presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), como uma das mais extensas dos últimos tempos.
Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Renato Daniel, dirigente da DG/AAC, adianta que os conteúdos políticos debatidos em contexto de Assembleia são os de maior importância para a Academia. Avança, ainda, que o caderno reivindicativo, referente à moção política “Pelo Estudante. Pelo País.” para as Eleições Legislativas de março, será um caderno completo, composto por mais de 85 páginas e dividido em nove capítulos.
O presidente da DG/AAC assegura que a moção é estruturada por várias propostas, todas elas baseadas em conhecimento teórico devidamente fundamentado.
Também dentro do âmbito das Legislativas, Renato Daniel comenta a nota de repúdio desenvolvida pela Associação Académica de Coimbra face ao partido político “Chega”, no passado dia 14 de janeiro. No comunicado, a associação estudantil expressa o seu posicionamento em relação às declarações do partido, onde este se apresenta contra os apoios do governo prestados às associações nacionais que promovam a igualdade de género.
Nestes moldes, a DG/AAC pretende propor, em Assembleia Magna, a exclusão do “Chega” na entrega do caderno reivindicativo aos órgãos governativos. Renato Daniel esclarece que o partido político será excluído devido à sua ideologia, no sentido em que vai contra os princípios basilares da Associação Académica de Coimbra. O facto do “Chega” se ter apresentado publicamente contra a igualdade, também surge como motivo para esta tomada de decisão.
Enquanto primeira associação a expressar um posicionamento sobre as declarações do partido político, a AAC foi alvo, nas suas redes sociais, de vários comentários de oposição à nota de repúdio. Renato Daniel esclarece que, em momento algum, a legitimidade do “Chega” foi questionada. Acrescenta, também, que a posição do associação estudantil foi mal interpretada por várias pessoas.
O presidente da Direção Geral expressou, em entrevista à RUC, a sua preocupação face ao crescimento eminente do “Chega” e afirma que é essencial travar a propagação do discurso de ódio, especialmente no contexto académico.
À margem da política nacional, Renato Daniel dá também ênfase aos desenvolvimentos da adaptação e melhoria da moção sobre o conflito bélico na Palestina. O dirigente da Associação Académica de Coimbra esclarece que, desde a última Assembleia Magna, os estudantes responsáveis pela redação da moção oposta ao documento apresentado pela DG/AAC, não voltaram a contactar o órgão dirigente.
Devido à possível extensão alongada da AM/AAC de dia sete de fevereiro, o presidente da Associação Académica de Coimbra expressa o seu receio, no que concerne ao comprometimento do trabalho quotidiano da associação estudantil. Renato Daniel relembra que, nesta Assembleia Magna, vão ser deliberados vários documentos que necessitam ser aprovados, uma vez que podem prejudicar o pagamento dos funcionários.
O presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra esclarece que a Assembleia Magna, para além de ser um espaço de discussão e debate, é um local de trabalho e deve ser interpretado como tal.
Fotografia: Jornal Universitário A Cabra