António Costa visita obras do Metrobus
Primeiro-ministro percorre trajeto que tem abertura prevista para o final do ano. Governante anuncia para breve concurso da primeira fase de construção da linha ferroviária de alta velocidade.
O primeiro-ministro, António Costa, realizou na quinta-feira, 11 de janeiro, uma visita às obras da Metro Mondego, a bordo de um dos novos autocarros elétricos dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), num percurso que se estendeu entre Coimbra e a Lousã. A viagem incluiu duas paragens, onde o presidente da Metro Mondego, João Marrana, e o presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, apresentaram as obras em andamento ao primeiro-ministro.
António Costa abordou a relevância que este género de transporte tem na luta contra as alterações climáticas. Deu ainda conta do esforço que tem sido feito a nível nacional na expansão das redes de metro, como parte de uma visão abrangente para a descarbonização da mobilidade em todo o país. O primeiro-ministro afirmou também que vislumbra uma transformação no cenário urbano da região de Coimbra.
Quando o projeto for concluído a Metro Mondego vai ter paragem na estação ferroviária de Coimbra B. Por isso António Costa aproveitou a ocasião para realçar a importância estratégica que, no seu ponto de vista, a linha de alta velocidade vai ter para o desenvolvimento e crescimento económico da cidade de Coimbra e para a melhoria da conectividade da região centro com o resto do país.
António Costa destacou os benefícios substanciais que, no seu entender, este projeto tem. Lembrou que muitos dizem que estes projetos demoram muito para serem concluídos. No entanto, o governante considera que obras deste género “quanto mais depressa se começam mais depressa se acabam”. O primeiro-ministro aproveitou ainda esta visita dedicada à mobilidade para anunciar que o lançamento do concurso para a primeira fase do projeto de construção da linha ferroviária de alta velocidade está prestes a ser lançado.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, também esteve presente. Salientou os benefícios do projeto da Metro Mondego para a qualidade de vida na região e a futura ligação do metrobus a pontos estratégicos. Além disso, o autarca visualiza o projeto como um impulso para o desenvolvimento nos setores empresarial, económico, social e cultural, que promove a descarbonização e a coesão territorial. Para o presidente da CMC está iminente uma transformação na região centro e em Coimbra.
A viagem de visita às obras da Metro Mondego teve partida em Coimbra e logo à saída da cidade fez-se a primeira paragem no trajeto, onde está a ser construído o Parque de Material e Oficinas (PMO) do metrobus.
O presidente da Metro Mondego, João Marrana, explicou que a grande maioria dos carregamentos das composições elétricas do metro vai ser feita durante a noite. No entanto o sistema prevê também vários pontos de carga ao longo do trajeto.
A segunda paragem da visita às obras efetuou-se já em Miranda do Corvo, onde o presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, destacou a complexidade das obras. O responsável fez ainda a previsão de que até ao final do ano, parte do percurso vai estar concluído e pronto a receber viajantes.
João Marrana, presidente da Metro Mondego, recordou as quatro empreitadas em curso, que totalizam um investimento global de cerca de 200 milhões de euros. O presidente da Metro Mondego garantiu a inauguração da primeira fase do projeto até ao final deste ano e exaltou os benefícios que o metrobus vai trazer para a população e para a região.
João Marrana assegurou ainda que quando o projeto estiver concluído, a frequência das viagens entre Coimbra e Serpins vai ser superior à que se verificou no passado.
A viagem de visita às obras da Metro Mondego terminou na antiga Estação Ferroviária da Lousã. A construção do Sistema de Mobilidade do Mondego é uma colaboração entre as Infraestruturas de Portugal e a Metro do Mondego. Trata-se de um projeto de transporte público rodoviário totalmente elétrico, em canal dedicado, que vai ter uma extensão de 42 km e ligar Serpins, Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra. A abertura a passageiros do primeiro troço do trajeto está prevista para o final do ano.