Horizonte Europa financia projeto da UC que visa maior participação política dos cidadãos

A Universidade de Coimbra (UC) obteve financiamento do Horizonte Europa, programa de investigação e inovação da União Europeia (UE), para dois projetos.

Os projetos em questão são o Confidently Changing Colonial Heritage (CONCILIARE), dirigido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) e o Creating an Inclusive European Citizens Assembly (EU-CIEMBLY), coordenado pelo Instituto Jurídico (IJ) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC).

Em entrevista à RUC, a coordenadora do EU-CIEMBLY, Dulce Lopes, revelou que já tinha apresentado um projeto anterior que, contudo, não conseguiu financiamento. O novo projeto sofreu alterações relativamente ao primeiro, de modo a ter focos específicos, nomeadamente a criação e a melhoria das assembleias de cidadãos.

A professora da FDUC apontou a necessidade da existência de métodos que facilitem a participação dos cidadãos na vida política da União Europeia.

O projeto visa auxiliar as assembleias de cidadãos para que estas tomem decisões que cativem o interesse das pessoas no que toca à participação democrática da UE.

O caminho passa por questões linguísticas, pela inclusão cívica e pela maior representatividade jurídica e política das assembleias-piloto.

O impacto do projeto nos estudantes é visível, desde logo, através da UC que atua como entidade organizadora.

A coordenadora reforça o papel de destaque que os estudantes do ensino superior devem ter na política europeia. Neste sentido, revela que já participou noutro projeto que contou com a intervenção de 64 estudantes de várias áreas de quatro universidades europeias, incluindo a Universidade de Coimbra.

O novo programa de investigação é amplo por isso é imperativa a ajuda e a integração dos estudantes no decorrer do mesmo.

O plano de financiamento Horizonte Europa abarca o Cluster 2: Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva, que promove a investigação nas áreas da democracia e governança, do património cultural e indústria criativa e das transformações sociais e económicas.

Fotografia: Universidade de Coimbra