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Processo de despedimento coletivo na AAC/OAF, SDUQ motiva críticas de ex-trabalhadores

João Paulo Fernandes acusa o clube de ficar ilegal sem alguém habilitado a ocupar a posição de diretor-técnico da academia. O clube afirma que o contrato assinado com o funcionário inclui uma cláusula de confidencialidade e que, por isso, não comenta o assunto.

No seguimento do processo de insolvência da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas da Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol, teve início neste mês de dezembro um processo de despedimento coletivo que envolve três funcionários do clube.

Em declarações à RUC, João Paulo Fernandes, ex-diretor técnico da academia, explica que desde a entrada da nova direção que tem visto a sua posição ameaçada. Após ter colocado o seu lugar à disposição – algo que os responsáveis do clube não aceitaram –, o funcionário afirma ter sido afastado das suas funções.

Entre os principais motivos de discórdia entre as partes está a necessidade de o clube manter algumas das posições ocupadas pelos funcionários despedidos. Com o seu despedimento, João Paulo afirma que o clube se encontra neste momento numa posição ilegal.

O antigo responsável pela academia considera que o seu empenho não foi valorizado e salienta que os trabalhos na formação da Académica têm sido descurados. João Paulo Fernandes considera ter realizado um trabalho competente que se reflete na evolução da academia ao longo dos últimos 6 anos.

João Paulo Fernandes acusa o clube de ter levado a cabo um “despedimento seletivo”, lembrando um encontro com o ex-presidente José Eduardo Simões (de quem foi vice-presidente) em período eleitoral no qual foram mencionados os outros dois funcionários agora despedidos. O ex-funcionário, que é também conhecido pela participação ativa na claque Mancha Negra, acrescenta apenas que, embora longe das funções que ocupava, vi continuar a acompanhar a vida do clube e a ser criterioso no escrutínio do trabalho diário, tendo em conta que conhece a instituição por dentro.

Quando contactado, o clube respondeu que “assinou um acordo com o trabalhador que inclui uma cláusula de confidencialidade que a AAC-OAF pretende cumprir, pelo que nada tem a comentar sobre o assunto”.

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