“Está nas nossas mãos, atuar”: Renato Daniel e Carolina Rama tomam posse da DG/AAC e da MAM/AAC

Assinalada pelos discursos dos presidentes cessantes da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), João Caseiro, e da Mesa da Assembleia Magna (MAM/AAC), Gonçalo Pardal, decorreu, no passado dia 11 de dezembro, a Tomada de Posse da DG/AAC e da MAM/AAC, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.

A cerimónia contou, ainda, com os discursos dos novos representantes de ambos os órgãos gerentes, respetivamente, Renato Daniel e Carolina Rama, atuais presidentes da Direção-Geral e da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra.

No seu último discurso enquanto presidente da DG/AAC, João Caseiro efetuou um balanço sobre o mandato do ano letivo 2022/2023 e mencionou, também, a sua presidência antecipada no ano letivo 2021/2022.

Entre menções a causas propostas pela Direção-Geral, como a habitação estudantil, a defesa das secções culturais e desportivas, o memorando de entendimento entre a AAC e a Universidade de Coimbra (UC), destaca-se a crítica do presidente cessante face à atuação do Regime Jurídico dos Institutos do Ensino Superior (RJIES).

Resiliência e irreverência são palavras de honra na intervenção discursiva de Renato Daniel. O presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, espelha, no seu discurso, uma preocupação clara face aos problemas que a sociedade atual enfrenta. Num momento de reflexão, menciona a sua esperança na intervenção estudantil contra problemáticas como: as barreiras para aceder ao ensino superior, as desigualdades, a intolerância e a guerra.

Nos mesmos moldes que João Caseiro, também Renato Daniel deixa algumas palavras ao RJIES e à unilateralidade vivenciada entre o órgão jurídico e as associações estudantis. Com citações de Alberto Martins, ícone da história da academia coimbrã, o presidente da DG/AAC defende a luta constante dos estudantes e solicita que “a juventude se levante”.

Num auditório repleto de estudantes, docentes e personalidades marcantes para a comunidade académica coimbrã, Carolina Rama reforça a importância da presença das pessoas que constituem o universo da AAC e da UC em sessões desta dimensão. Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), a presidente da MAM/AAC aponta para um ponto de viragem na história das Assembleias Magnas, devido à intervenção, cada vez mais acentuada, dos estudantes.

No seu discurso de Tomada de Posse, Carolina Rama assegura que o mandato que se avizinha será desafiante, mas defende a necessidade de dar voz à comunidade estudantil. Através da realização de um maior número de Assembleias Magnas, a presidente da MAM/AAC assegura que, em cooperação com os estudantes, existem condições para efetuar um bom mandato.

Em entrevista à RUC, Carolina Rama sublinha as prioridades que estão por detrás do início do mandato da Mesa da Assembleia Magna. Entre as demais, realça a necessidade de estabelecer o regimento interno da Mesa e defende, ainda, a importância de consciencializar a comunidade académica relativamente às decisões tomadas pela MAM/AAC.

Após todos os cessantes e novos presidentes da DG/AAC e MAM/AAC terem discursado, Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra, interveio. Num discurso breve, foi de encontro às preocupações assinaladas por João Caseiro e Renato Daniel sobre a inércia do RJIES na visibilidade da AAC. Amílcar Falcão colocou-se ao lado da comunidade estudantil e afirmou defender o aumento da representatividade dos estudantes nos órgãos de Governo.

Findada a Tomada de Posse dos novos corpos dirigentes da Associação Académica de Coimbra, a sessão contou com uma atuação da Secção de Fado da AAC.