“Coimbra pela Palestina” convoca Assembleia Magna de emergência após 10 anos

A iniciativa “Coimbra pela Palestina”, no seguimento da angariação de assinaturas, dirigiu uma conferência de imprensa que se realizou na passada terça-feira, dia 4 de dezembro, para a convocação de uma Assembleia Magna de emergência.

Após uma semana de trabalho na recolha de assinaturas em vários espaços da Universidade de Coimbra (UC), o movimento conseguiu angariar assinaturas suficientes para a instituição de uma Assembleia Magna.

Segundo os estatutos da Associação Académica de Coimbra (AAC) são necessárias 1250 assinaturas para que haja uma convocação da reunião de estudantes. Joana Carvalho explica que, neste caso, a luta foi muito orgânica e que no espaço de quatro dias, o grupo conseguiu angariar as assinaturas necessárias. Joana Coelho faz um balanço positivo relativo à recetividade dos estudantes à iniciativa.

Em relação ao que vai ser discutido em Assembleia Magna, as alunas esclarecem que, em primeiro lugar, o objetivo seria debater o tema e tentar perceber como é que a comunidade estudantil se sente face ao genocídio na Palestina. Num segundo momento, seria tomada uma posição baseada na condenação dos ataques que estão a afetar o povo palestiniano e os 625 mil estudantes que se encontram impedidos de exercer o direito da educação, na Cisjordânia.

Joana Coelho, estudante de licenciadura de biologia, destaca a importância da ação por parte dos estudantes da UC e menciona o pedido de ajuda que foi feito a toda a comunidade de ensino a nível internacional para que tomasse uma posição relativamente ao conflito. Segundo a estudante, “faz parte do nosso dever como cidadãos e principalmente de estudantes do ensino superior responder a esse pedido de ajuda”.

Apesar da DG/AAC estar a a passar por um período de transição, vai ser convocada uma Assembleia Magna dentro de um período de 10 dias.

Joana Carvalho deixa um último apelo a toda a comunidade estudantil da UC.

A convocação de uma Assembleia Magna de emergência é um acontecimento singular, que já não se verificava há uma década.