FNAM não ratificou o acordo entre o Ministério da saúde e o Sindicato Independente dos Médicos: Entrevista com Carla Silva, dirigente da FNAM na zona centro
Foi anunciado o acordo entre o ministério da saúde e o sindicato independente dos médicos para o aumento salarial entre os 10,9 e os 14,8%. A Federação Nacional de Médicos, na voz de Joana Bordalo Sá não retificou o acordo e disse que a proposta não é favorável para os profissionais de saúde.
Em entrevista à RUC, Carla Silva, dirigente da Federação Nacional de Médicos da Zona Centro, criticou as medidas do acordo por estas estarem longe das exigências, afirmou que a carreira deixou de ser atrativa e que houve um agravamento da falta de condições de trabalho.
A Dirigente da Federação Nacional de Médicos da Zona Centro criticou as medidas do acordo por estas estarem longe de exigências como a valorização da carreira com remunerações base dignas, quadros sólidos de recursos humanos médicos nos hospitais, respeito pelo tempo de descanso e que o trabalho não seja baseado em horas extraordinárias.
Para a dirigente da FNAM da Zona Centro, as reivindicações essenciais são a valorização da carreira com remunerações base dignas, quadros sólidos de recursos humanos médicos nos hospitais, respeito pelo tempo de descanso e que o trabalho não seja baseado em horas extraordinárias.
O facto de os suplementos por vezes ultrapassarem os salários base não é atrativo e as propostas não permitem uma boa conciliação entre a vida profissional e pessoal por parte dos médicos, admite Carla Silva.
Segundo a dirigente da FNAM, o acordo não foi sério. Foi focado no serviço de urgência e isto não permite uma sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, salientando que o mais importante são as consultas externas e as cirurgias e consultas programadas.
Carla Silva prevê que os serviços de urgência evitarão o caos até abril mas se não houver sinais de negociações o SNS corre risco, serviço que defende que é fundamental e que não pode cair.
Por fim, a dirigente sindical promete que vão continuar as reivindicações. Vão pensar numa nova estratégia e irão manter a luta viva, que passará pela defesa jurídica dos médicos que se recusam a fazer mais do que as horas extraordinária exigidas, e o esclarecimento à população da situação dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde.