[object Object]
30.11.2023POR Luís Franklim

STOP mantém a luta dos profissionais da Educação: A entrevista com André Pestana

O STOP, sindicato de todos os profissionais da educação, esteve ontem na manifestação junto ao parlamento no dia da votação do orçamento de estado.

Estivemos à conversa com André Pestana, dirigente nacional do Stop, que nos referiu que não está prevista uma paragem nas ações de luta apesar do novo contexto político

 

A distância entre as reivindicações do sindicato de todos os profissionais de educação e a tutela ainda parece ser grande. Segundo André Pestana as perdas ao longo de 20 anos foram grandes, nomeadamente a perda da gestão democrática das escolas, a municipalização do ensino, o estrangulamento da carreira e a perda da caixa geral de aposentações, entre outras. Apesar disso, o sindicalista apresenta 3 questões essenciais para um acordo, especificamente, a equidade entre docentes do continente e docentes dos aquipélagos,com o fim do estrangulamento de carreira no 7.º escalão, outra prende-se com as condições de trabalho dos trabalhadores não docentes.

O STOP exige ainda um aumento mínimo, para docentes e não docentes de pelo menos 120 euros, para compensar a inflação dos últimos anos. Contudo, André Pestana assinala que, mesmo que essas questões sejam aceites, tudo tem de passar pelos trabalhadores docentes e não docentes das escolas, para, segundo o mesmo, não se cometer erros passados.

Sobre as expectativas para o novo governo que sairá das eleições de Março, o dirigente sindical nota que os principais partidos mudaram a sua posição sobre a recuperação do tempo de serviço. André Pestana diz que assistimos a um leilão eleitoral que visa seduzir um eleitorado muito importante para as próximas eleições.

O sindicalista referiu que partidos do espectro político da direita e que têm, segundo o mesmo, projetos de destruição da escola pública têm neste momento, uma atenção especial e votam conjunturalmente a favor da escola pública.

André Pestana reforça que se não houver mudança de políticas que vão ao encontro das necessidades dos profissionais de educação, a luta não vai parar.

O dirigente sindical reforça que a luta já teve frutos, nomeadamente no recuo da contratação de professores com base em perfis pelos concelhos municipais, e no acelerador de carreiras, uma vitória ainda que limitada resultante da luta. Refere, por fim, que o STOP é um instrumento ao serviço da luta dos profissionais de educação.

É assim previsível a continuação da mobilização dos profissionais de educação no próximo ano.

PARTILHAR: