A RUC apresenta: Violeta Azevedo & Vile Karimi c/Zhang Qinzhe

Um ano depois de consagrado um concerto no âmbito do Ciclo de Música Orphika da Universidade de Coimbra no Convento São Francisco, a RUC regressa a este espaço conimbricense, característico enquanto zénite cultural da cidade, para mais uma mostra de música experimental e imersiva. Mantendo a premissa de acessibilidade a este espaço para dois concertos inéditos.

A anterior edição contava com a presença da artista Carincur, que apresentou a performance “Echos From a Liquid Memory_prototype” aliada à iluminação por João Pedro Fonseca, alumbrou o público da Sala Conventual. A premissa de experimentação electrónica regressa este ano com dois nomes nacionais: Violeta Azevedo e Vile Karimi.

Violeta Azevedo é uma artista sonora que oscila entre a composição e a improvisação. O seu universo musical é detalhado pela flauta transversal, que enquanto ponto de partida de cada peça, traslada por uma orquestra electrónica manipulada pela criadora, entrega paredes sonoras que se movem entre harmonias distorcidas mas também melodias delicadas, finalizando numa experiência ambient orquestral.

A artista natural de Lisboa, conta com passagens pelo festival bracarense Semibreve, onde colaborou com Félicia Atkinson e várias outras mostras de música experimental. É também criadora da Knobs Knobs, onde à mão, constrói designs únicos e não convencionais para instrumentos, nomeadamente, em hardware electrónico.

Vile Karimi, radicada no Porto, habitante do etéreo e do melancólico, é uma exploradora sónica das vertentes de ambiente assombrado e drone, com padrões de noise que acrescentam a catarse aos seus temas. Os monólitos que entrega pretendem queimar tudo, as velhas emoções irão traduzir-se em memórias chamuscadas pela tristeza.

Conta com três lançamentos independentes e aparições em coletâneas da portuense Eastern Nurseries, as apresentações ao vivo passam pelo seu álbum Womb Trails bem como inserções de novos trabalhos e inspirações da artista. A performance tem foco na experiência sensorial artilhada pela iluminação e pelo fumo. Ambas as performances duracionais vão ter apoio visual de Zhang Qinzhe, que juntamente com as artistas irá aliar a sua criação de VJing, com imagem gerada pelo som em tempo real, prometendo ao público desfrutar de uma verdadeira imersão invernil.

O evento tem lugar na Sala Conventual do Convento São Francisco no dia 30 de Novembro pelas 21h30 com um preço de entrada de 3 euros.

Grafismo desta edição por Kali Mera e Simão Nunes.