Descentralização marca a 29ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português

Na passada semana de 10 a 18 de novembro decorreu, entre os vários espaços culturais de Coimbra, Maria João Teixeira, a 29ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português.

António Pita, integrante da equipa de produção do festival, entende que a grande e diversa representação do cinema português no evento tem um grande papel na divulgação dos vários caminhos para a cinematografia nacional. Embora Coimbra não produza muito cinema, o responsável considera  notável a evolução na produção, exibição e divulgação do cinema na região centro desde 1988 – primeiro ano do festival – inclusive com mais iniciativas promovidas pela Universidade de Coimbra para divulgar projetos de alunos. António Pita realça que “Festivais como este e projetos como a Casa do Cinema de Coimbra ajudam a ver cinema e, vendo cinema, haverá uma maior propensão para fazer cinema.”.

Na 29ª edição, o Festival inovou com a participação da Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI) no júri do evento.  A  organização afirma estar satisfeita, já que era uma distinção que o evento desejava há algum tempo.

A descentralização do festival foi outra novidade este ano, que contou com mais adesão do que o esperado. A exibição em sala não aconteceu apenas em Coimbra, mas também em cidades como Penacova e Mealhada.

António Pita diz-nos também que tem sido desafiador trazer de novo as pessoas do conforto das suas casas para as salas de cinema, pelo que cada vez mais se tem vindo a perder espectadores.

Ainda assim, a edição de 2023 contou com maior participação do que no último ano.

Para a próxima edição, António confirma-nos que a equipa do evento já tem planeadas “não uma, mas várias coisas especiais para a comemoração dos 30 anos” e que “a seu tempo saberemos todos”.

(Fotografia: Universidade de Coimbra)