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Ativistas refutam ter arrombado porta de antigos Serviços Médicos da UC

A ocupação decorreu em 25 de Abril de 2023. Entre os ativistas estiveram estudantes da Universidade. A UC apresentou queixa-crime contra ocupantes

Os ativistas negaram, na última quinta-feira, dia 16, que tenham arrombado a porta da vivenda onde funcionaram os Serviços Médicos da UC. Segundo ativistas, a UC apresentou uma queixa-crime contra ocupantes, invocando arrombamento da porta do edifício.

Elementos do Grupo de Okupação Social de COimbra (GOSCO), no dia 25 de abril ocuparam o edifício situado em frente às Escadas Monumentais. Em conferência de imprensa que decorreu no Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), realizada na tarde da última quinta-feira, uma das acusadas que faz parte do GOSCO conta à comunicação social o que se passou nesse dia.

Em 25 de abril, esteve no local da ocupação a Polícia de Segurança Pública (PSP), que identificou ativistas em dois momentos diferentes. No último momento a PSP trouxe uma chave cedida por elemento reitoral, adianta a ativista.

Segundo as ativistas, o relatório policial não está de acordo com a acusação da reitoria. O GOSCO afirma que portão e porta do edifício ocupado estavam abertos, não houve “qualquer dano” com a ocupação e tudo aconteceu “de forma ordeira” quando as pessoas foram convidadas a sair.

As ativistas, esclarecem que a ocupação decorreu da necessidade de chamar a atenção para “a emergência” dos problemas da habitação e também da “degradação dos Serviços de Ação Social de Coimbra”. A ativista invocou o direito à habitação e o “reforço dos direitos de protesto, previstos na Constituição Portuguesa”, para justificar a ocupação.

Lembramos que o Programa Alojamento Estudantes Ensino Superior (PNAES) prevê para o antigo edifício dos Serviços Médico Sociais da UC uma residência universitária, com 41 camas, num investimento de 1 338 855,00  de euros. As obras deveriam estar concluídas em 2023, o que não aconteceu tendo o prazo sido alargado para 2026.

No dia 25 de Abril de 2023, a RUC fez reportagem à porta do local ocupado e recebeu dois ativistas no programa Observatório que deram a sua visão dos acontecimentos.

A informação enviada pela UC à Agência Lusa e divulgada por Órgãos de Comunicação Social
Em resposta escrita enviada à Agência Lusa, no dia anterior, quarta-feira, dia 15 de novembro, a reitoria da UC afirmou que “na situação reportada, um grupo de cerca de 20 pessoas ocupou um imóvel da Universidade de Coimbra (antigo edifício dos Serviços Médicos da UC), arrombando a porta de entrada”.

O edifício “apresenta condições estruturais frágeis e encontra-se fechado, a aguardar obras de reabilitação, não apresentando condições de segurança que permitam a sua utilização”.

Os participantes na ação não acederam e “após várias horas de ocupação do edifício e de diálogo com os ocupantes, foi necessário participar a situação às autoridades competentes (tendo o procedimento seguido os seus trâmites normais) para que pudessem intervir, assegurando que o imóvel fosse desocupado e garantindo, desta forma, a salvaguarda da integridade física das pessoas que se encontravam no interior de um espaço da UC”.

Fotografia: GOSCO

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