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Ciclo “Futuros e Assombrações” do TAGV propõe reflexão sobre inquietações do presente

O ciclo performático com curadoria de Isabel Costa e Fernando Matos Oliveira decorre de 2 a 4 de novembro em vários espaços do TAGV e tem entrada livre

Durante três dias o ciclo “Futuros e Assombrações” vai ocupar diferentes espaços do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) com intervenções artísticas que pretendem refletir sobre o futuro passando por temas que são inquietações no início do século XXI.

“A igualdade de género, a descolonização da arte e do pensamento, as políticas do cuidado, e a luta por melhores políticas sociais”, são o mote para as performance que acontecem sempre a partir das 18h30.

A RUC esteve à conversa com o curador Fernando Matos Oliveira que nos esclareceu que o ciclo é inspirado no espetáculo “Manifestos Para Depois do Fim do Mundo” e parte da investigação, tradução e interpretação de manifestos políticos escritos depois de 2000.

Joana Castro apresenta, quinta-feira, dia 2 de novembro, “LABIA”, palavra que identifica a arte de “convencer alguém através de discurso astucioso, palavreado, manha, astúcia”.

Na sexta-feira acontece a performance “a besta, as luas” de Elizabete Francisca. O ciclo termina no sábado, com a companhia sediada em Lisboa desde 2014 – “Os Possessos” – a interpretar “Manifestos Para Depois do Fim do Mundo”.

“A descolonização da arte e do pensamento” é uma das reflexões propostas. Fernando Matos Oliveira dá um exemplo de uma ideia que “contamina o espaço”.

“a besta, as luas” de Elizabete Francisca parte da canção Banho, interpretada por Elza Soares, para representar “um corpo não submisso”. Em contraponto, em LABIA, o “corpo não normativo” parte da afirmação de Monique Wittig “As lésbicas não são mulheres”.

Num futuro incerto, a “luta por melhores políticas sociais” pode determinar “uma melhor forma de viver juntos”, garante Fernando Matos Oliveira.

Com entrada gratuita, as performance acontecem a partir das 18h30 nos espaços do TAGV. Há lugar também para uma conversa com as artistas e com a companhia “Os Possessos”. O ciclo está integrado no Laboratório LIPA.

Fotografia: TAGV

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