IFAPT: Porta de entrada de jogadores e investidores de todo o mundo na AAC/OAF
O aparecimento de jogadores das várias partes do globo nas equipas secundárias da Briosa levou a RUC a conhecer a International Football Academy de Portugal. O modo de surgimento e operação da empresa, bem como o envolvimento na busca de investidores para o clube de Coimbra, explorados ao detalhe nesta reportagem.
São cada vez mais os projetos no universo do futebol que movimentam dinheiro e jogadores pelos 4 cantos do mundo. Todos os clubes, dos grandes aos pequenos, correm à procura dos maiores talentos e das maiores oportunidades de negócio.
Com sede em Caxias, Elvis Goes fundava em 2015 a International Football Academy de Portugal (IFAPT).
O sistema é simples: os parceiros internacionais sugerem a IFAPT a jogadores que queiram vingar na Europa e, caso cumpram os requisitos, são convidados a integrar o projeto num clube em Portugal. A mensalidade pode variar consoante a qualidade do atleta e o programa prevê uma estadia de uma temporada
Desde a fundação, a academia teve já acordos com clubes como a AD Oeiras, o Abóboda, o Sacavem ou o Sintrense. Este ano, a IFAPT firmou pela primeira vez uma parceria a 5 anos, e juntou-se à Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol.
Na equipa B da Briosa alinha Jayden Walsh, defesa central de 20 anos que chegou ao clube via IFAPT. Em entrevista à RUC, o jogador conta como surgiu a oportunidade.
Resta saber como beneficia a Académica do negócio com a IFAPT. Rui Sá Frias, vice-presidente do clube, explica que, para além da hipotética receita de venda de jogadores, que é dividida, há vários fatores que o levaram a abraçar o projeto.
Para já, pode-se dizer que o objetivo tem sido cumprido. É essa a perspetiva de Jayden Walsh, que espera uma longa estadia em Coimbra.
Neste momento, o Bolão acolhe 12 jogadores provenientes da IFAPT, e nos próximos tempos a academia ainda pode ser reforçada. Elvis Goes vai mais longe e acredita que a IFAPT pode ser o grande sustento da formação da Briosa.
Perante os casos recentes de tráfico humano em outros clubes de Portugal, o dirigente da Académica garante que estão a ser respeitados todos os procedimentos legais.
Os negócios com a IFAPT não ficam por aqui. Quem segue a académica sabe que o clube tem procurado constituir uma SAD, com capital externo. Depois de o negócio com o banco BMG ter caído e do caso Athlon ter ficado em suspenso, , Elvis Goes surge agora como porta de entrada a investidores de todo o mundo.
Sá Frias explica que ainda não há nenhum negócio fechado, mas confirma que o empresário tem sondado possíveis interessados.
Por seu lado, Elvis Goes afirma que as coisas estão bem encaminhadas.
Os processos de insolvência da SDUQ e do OAF têm feito com que a situação do clube seja pouco clara ao espetador externo. Nesse sentido, o vice-presidente aponta que muitos dos possíveis investidores optam por aguardar.
Se o empresário indiano já chegou com o clube na mó de baixo, acredita que pode estar por vir um futuro melhor.
As entrevistas completas a Elvis Goes, Jayden Walsh e Rui Sá Frias podem ser encontradas no site da RUC. Esta reportagem, assim como as entrevistas, estão também disponíveis no Spotify.