Protagonistas do sarau académico criticam organização do evento
Sarau começou com uma hora de atraso e ocorreu sem licença a partir da meia-noite. Grupos académicos queixam-se de desorganização e de caução imposta para poderem aceder à alimentação.
Os jardins da Associação Académica de Coimbra receberam esta segunda-feira o sarau da Festa das Latas 2023. As dezenas de atuações de grupos académicos começaram com cerca de uma hora de atraso – uma demora que, de acordo com o coordenador-geral do evento, Diogo Tomázio, é alheia à organização.
Sofia Ornelas, presidente do Coro Misto da Universidade de Coimbra, refere que a atuação do grupo aconteceu já duas horas depois do previsto. Já Diogo Ferreira, presidente da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, salienta que o atraso impossibilitou a subida a palco da Estudantina Universitária de Coimbra e da Orxestra Pitagórica e aponta o dedo à comissão organizadora.
A discussão começa muito antes do início do próprio Sarau Académico acontecer. A imposição de uma caução de 150€ para que os grupos académicos pudessem ser servidos nas cantinas dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra causou estranheza aos responsáveis. Sofia Ornelas afirma que os trâmites do acordo não ficaram bem definidos e que não estava definido em que circunstâncias seria devolvida, para além de considerar o valor exorbitante.
Por seu lado, Diogo Tomázio garante não ter sido contactado pelo Coro Misto e considera que o sistema foi implementado para que os grupos se sentissem na obrigação de consumir a refeição e, assim, não causar prejuízo.
De acordo com Diogo Ferreira, a falta de organização no campo da alimentação lesou os artistas, sendo que muitos acabaram por não conseguir jantar ou tiveram de se dirigir a “cantinas periféricas”. O dirigente partilha da posição de Sofia Ornelas, mas salienta que os problemas não terminam no valor cobrado pela comissão organizadora.
Diogo Tomázio considera que, apesar das falhas, o balanço do Sarau é positivo.
(Fotografia: Diário de Coimbra)