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Diretor da FLUC e presidente do NEFLUC desmentem que haja acordo para privatização do bar da faculdade

O diretor da FLUC não exprimiu uma opinião sobre os efeitos da privatização do bar porque não se encontra “em cima da mesa”.
O presidente do NEFLUC afirma também que não foram tomadas iniciativas sobre a cedência do local.

Varios estudantes manifestram-se contra a conceção do bar ao privado no passado dia 28 de setembro, à frente da porta da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC).

De acordo com o diretor Albano Figueiredo, existe um protocolo entre FLUC e os Serviços da Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) que, desde 2021 (tomada do posse enquanto diretor), não está a ser cumprido.

Declara que, há alguns meses, teve uma conversa com o administrador dos SASUC para expressar os seus pontos de vista em relação a exploração do espaço. O diretor da FLUC afirma que não foram tomadas decisões para entrega do bar à uma entidade privada, sendo que, o que o preocupa, é que toda a comunidade de estudantes possa ter um bar de qualidade.

Albano Figueiredo informa que há iniciativas mais urgentes a serem desenvolvidas – nomeadamente a instalação de uma plataforma que permita a que toda comunidade que tenha mobilidade reduzida tenha acesso ao piso onde se encontram a maioria das mesas e cadeiras, bem como ao piso onde é feito o serviço do bar. O responsável adiciona que estão também a trabalhar numa eventual instalação para melhoria dos varandins.

O diretor destaca que esses dois são os focos principais e que a questão da cedência do espaço do bar, a acontecer, será depois da tomada de posse para o segundo mandato e explica que, no caso, o processo será exequível só depois de várias reuniões com todos os interessados.

Gustavo Nunes, presidente do Núcleo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (NEFLUC), afirma que ainda o assunto não tem contornos muito definidos.

Embora enquanto núcleo não possam tomar medidas políticas, podem concordar sobre o que está a decorrer. O responsável afirma que a manifestação contou com alguns membros do NEFLUC, que se apresentaram a título individual.

O dirigente realça a iniciativa proposta durante a última Assembleia Magna sobre a realização de uma ação reivindicativa contra o subfinanciamento à ação social em Portugal, apresentada em conjunto a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC).

A expectativa do núcleo é que haja uma maior consciência da realidade económica por parte dos estudantes, explicando como este é problema de caráter estrutural, “não da Universidade de Coimbra por si só, mas do governo”.

O presidente coloca a reivindicação dos direitos dos estudantes como prioridade do núcleo e afirma estar comprometido no controle dos custos no bar da FLUC. Além disso, acredita que a própria DG/AAC irá impor um limite ao hipotético aumento.

Gustavo Nunes apela à participação por parte dos estudantes na ação de reivindicação que decorrerá no fim do mês de outubro, que tem como objetivo realçar a importância do serviço de ação social e a importância de um financiamento por parte do Governo.

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