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Noite Europeia dos Investigadores revela o melhor da Universidade de Coimbra

Foram muitas as pessoas que quiseram falar com investigadores e investigadoras numa noite de outono que ainda soube a verão. Desde o Largo da Portagem até à Praça 8 de Maio, no dia 29 de setembro, a baixa viveu a festa da ciência e vai ficar na memória dos mais pequenos e das famílias

Parecia que Coimbra tinha respondido à chamada pela defesa de uma causa urgente tal era a mole humana que percorria a fronteira entre a Baixa e a Alta da cidade. Iam em busca dos 85 pontos onde estavam um total de 600 investigadores/as. A rota da ciência foi organizada debaixo do chapéu da “Ciência para Todos – Inclusão e Sustentabilidade”.

Largo da Portagem, Ferreira Borges e Visconde da Luz encheram de gente interessada em saber o que os investigadores da Universidade de Coimbra (UC) andam a estudar.

A reportagem RUC encontrou as doutorandas Andreia Amaro e Beatriz Caramelo, que investigam no iCBR – Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (Coimbra Institute for Clinica. Explicaram a importância de saber mais sobre dois dos flagelos do nosso século: obesidade e diabetes do tipo 2.

A RUC visitou também a banca do Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC). Desta vez o arquivo trouxe uma exposição multimédia intitulada “Direitos Humanos, Memória e Inclusão: os arquivos são para todos/todas”. O AUC recebe documentos das instituições oficiais mas também doações de particulares.

Na sexta-feira pudemos ler e ouvir a carta de Emília Teresa escrita em 6 de fevereiro de 1899, em Santos, no Brasil, com o relato de maus tratos sofridos pela violência do marido.

Ficámos também a saber que o diretor do Laboratório Químico (LQ), Tomé Rodrigues Sobral, perdeu a sua casa, livraria e manuscritos num incêndio ateado em 1 de outubro de 1810 pelas tropas francesas, uma vingança por ter dirigido o fabrico de pólvora no LQ para defesa da cidade, por altura da primeira invasão francesa, em 1808. Ficou a promessa de conversarmos em breve com Ana Maria Bandeira, alguém cuja “vida é o arquivo da UC”.

Em frente ao Edifício Chiado do Museu Municipal na banca da Rebobinar soubemos que o projeto de história pública lançou a exposição “O Legado de um Cravo”. Pierre Marie e Eduardo Albuquerque fizeram connosco uma visita guiada.

Pierre Marie explicou que a exposição tem como objetivo pensar o “25 de Abril” e celebrar os 50 anos da revolução portuguesa.

A exposição “O Legado de um Cravo” foi desenhada em especial para o público juvenil e por isso está disponível para fazer itinerância pelas escolas.

A exposição  “O Legado de um Cravo” tem como parceiros a Alumira, a Rebobinar, o Museu do Aljube e o Centro de Documentação 25 de Abril.

De acordo com a Agência Lusa Lisboa, Braga, Coimbra, Covilhã, Évora, Funchal e Ponta Delgada foram algumas das cidades portuguesas onde a ciência saiu dos laboratórios para a rua.

Em Coimbra, além do evento na baixa da cidade, o Mercado Municipal D. Pedro V acolheu a “Liga da Ciência”, que no ano passado se realizou em Vila Nova de Gaia e que emprestou o tema às histórias de banda desenhada dos super-heróis e do “multiverso”.

Fotografia: Rebobinar

 

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