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02.10.2023POR Lexi Narovatkin

Grelha Regular 2023/2024 – Na vanguarda do alternativo

Além de segmentos horários já conhecidos pelo público, irão estrear-se novos candidatos ao ouvido local. 

Depois de um verão radiofónico focado na livre experimentação e na mostra de prestação dos estagiários do Curso de Locução e Realização de 2022/2023, a programação da Rádio Universidade de Coimbra retorna com a habitual Grelha Regular.

A arrancar 2 de Outubro, a grelha que cobre o ano letivo e que tem por si maior extensão, oferece aos seus fiéis ouvintes uma emissão variada e com algumas novas inserções.

O andamento já conhecido nos focos do Hip-hop, electrónicos, de Música do Mundo e da Pop mantém-se respetivamente no Suburbano, Vektor, Gondwana e Peta-Zetas. É do rock bruto que nasce o novo programa da RUC dedicado ao género: Cave 107.9.

Com três acordes semanais, das 13h às 14h cada 2ª, 4ª e 6ª feira, a nova cave da Padre António Vieira promete manter a promoção artística dos mais recentes lançamentos nas vias de Punk, Stoner, Post-Punk e Garage através de diferentes locutores.

Além de segmentos horários já conhecidos pelo público, irão estrear-se novos candidatos ao ouvido local. 

 

Novas Criações Autorais

 

Logo na 2ªa feira pelas 14h, Gabriela Mendonça, aficionada das composições eruditas, apresenta A Tempo. Mais tarde, envergando pelo mesmo caminho, a deusa grega da música Euterpe, de Luís Franklin e Catarina Almeida eleva a música clássica unicamente de autoria de mulheres, o programa que entrou na anterior grelha, mantém ainda a sua pertinente mensagem e segue Vivacissimo.

Seguindo pela 3ª feira, em formato quinzenal, Imbelela de Ema Duarte às 15h, apresenta o Roteiro áudio de uma cidade por programa, com banda sonora dos seus artistas. Passa por museus, avenidas, monumentos e comércio local.

No dia seguinte, são 3 as novidades na programação: Sonho Acordado de Benny Correia,  às 22h, dá destaque às produções atmosféricas nas vertentes de ambient electrónico, CheckPoint Radio de Diogo Rivers e Xavier Ferreira que coloca em perspetiva o mundo do gaming em emissão tardia e relaxante, de forma intercalada com Passos em Volta, de Nuno Miguel Alves, que de 15 em 15 dias habita o espaço noturno com poesia.

É em formato de conversa com Ricardo Anderson que 5ª feira alberga o recém criado Show & Tell, onde com convidados irá levar à letra a metodologia de ensino que dá nome ao seu programa. Mais tarde às 16h, Punk Rock nas Mãos Erradas, perverte e deturpa a velha guarda mostrando a seleção do caos conseguido pelo Post-Hardcore e pelo Screamo resultando nas várias artérias que se transformam em Grindcore e Emoviolence, uma rotação recursiva entre Francisco Monteiro e Lexi Narovatkin.

Um formato de conversa sobre um determinado disco à sexta feira regressa depois de algumas grelhas com Discossão, levando lançamentos antigos ou recentes à discussão livre e à mostra de música ilimitada, uma mesa aberta para a crítica musical e a sua apreciação. Durante a noite às 21h, existe a garantia da 2ª temporada de Velocidade de Cruzeiro que irá continuar a cativar quem apanha o homónimo no ar, através da dança de várias ramificações do House.

É às 00h de sábado para domingo que Pedro Nora materializa a sua nova experiência, Mutacção, uma dedicatória ao Dance Punk, Electro-Clash e ritmos mutantes entre o rock e a electrónica de dança.

 

Do que já conhecemos

 

São também alguns, conhecidos habituais no éter dos 107.9fm, Malandragem Ó Malandragem, de Tânia Rocha, que no Verão celebrava 5 anos de existência, mantém o seu clássico horário de 12h-13h à 2ª feira. Os anos 70 imortalizados no Boca de Sino de Beatriz Monteiro, continuam às 20h. E no que toca às sonoridades mais inebriantes e densas: Sons do Fundo. De Tiago Jerónimo e Francisco Monteiro, que lealmente não pararam de aproximar os limites da música extrema aos ouvintes da predileta às 22h.

As sonoridades brasileiras, com Rita Brás e Camila Fizarreta, que durante o verão trouxeram ao estúdio vários artistas para formatos de entrevista, vincam-se às 13h de 3ª feira na Rua do Brasil e às 16h, no Mon Chéri, Maria Nolasco viaja pela francofonia numa vasta amplitude de géneros musicais. De Beatriz Monteiro e Inês Cruz, regressa o Nem 8 Nem 80, programa dedicado à década com um repertório de memórias da mesma.

A noite de 3ª feira volta a dar casa à tríplice habitual do seu segmento de dança, começando com o já consagrado Spinning Jenny na locução e realização de João Sousa, com o Cyberia, a plataforma rave criada em 2020 com Bernardo Matos, Lexi Narovatkin, Simão Nunes, João Craveiro e Luís Marujo e finaliza com um respeitado 1978 de Gonçalo Vasco com os temas de EBM e Darkwave na manga.

Dois programas que entraram ao mesmo tempo no catálogo da RUC foram Ágma de Lexi Narovatkin, que retorna ao horário das 16h de 4ª feira para o encher de Bass Music nos mais variados feitios e PARQ de Miguel Duarte, às 18h, que dá a dose de ansiedade do Post-Punk que é precisa para a autorregulação.

O feeback e as distorções do Stoner e do Sludge, são magicadas por Diogo Barbosa, no seu Smoker, que mantém o horário predileto para o feitiço às 17h de 5ª feira e os mais recentes lançamentos de Perreo, Reggaeton e World Music electrónica, são entregues por Eduardo Antunes na infusão que oferece com Maldito Mojito às 18h de 6ª feira.

A noite de 6ª feira volta a ser palco do imersivo Ethereal às 23h com João Santos e a sua seleção de Shoegaze e Slowcore para os caminhantes dos horários noturnos.

A noite de domingo está entregue às voragens mais imersivas e íntimas do som, a começar com Cocktail Mariachi de Tiago André Sue, às 21h que estará do lado mais compreensivo da melancolia do fim de semana, segue-se Doomingo de Inês Cruz que às 22h vai habitar o éter com Doom e Black Metal. É a partir daqui que as sonoridades estridentes de música industrial e rasgante são entregues em SPLEEN, a cirurgia está nas mãos de Rita Barqueiro e André Quaresma às 23h.

A meia noite conta com a nova inserção do Mel e Tal, com Inês Cruz e Diogo Rivers mais a sua equipa metálica. Das 01h às 02h retorna o Distonia, uma última gota de insanidade musical com Lexi Narovatkin, num espaço inquisitório, mas sem julgamentos.

Sem qualquer dúvida que programas já fidelizados ao ouvinte como o Preto No Branco, a Cover de Bruxelas, Narita, Clepsidra, +Baixo e BBT Sun Rádio continuam nos seus habituais andamentos. Quem segue de forma fiel estes grandes clássicos, não terá alterações na sua agenda.

O sacro programa de música unicamente portuguesa, Santos da Casa, vai continuar a ser apresentado por Fausto da Silva que celebrava 40 anos de RUC este ano e por Nuno Ávila.

Ambos trazem também as suas criações autorais: Contrabando Latino, Música Moderna, Destino e Fortuna e Histórias com Números de Fausto da Silva e a Loja de Discos de Nuno Ávila continua das 15h às 17h depois de celebrada a sua 500ª emissão.

 

Grelha Informativa

O Departamento de Informação da Rádio Universidade de Coimbra, entra nesta grelha com sínteses informativas às 10h e às 18h todos os dias, às 21h na 2ª, 6ª, sábado e domingo e com o programa Observatório às 21h de 3ª a 5ª feira com noticiário e rubricas incluídas.

 

O grafismo da atual Grelha Regular é de autoria e concepção de Kali Mera.

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