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22.09.2023POR Isabel Simões

Testes do Metrobus devem começar em setembro do próximo ano no percurso Serpins-Portagem

Com as obras em estado “avançado” no percurso suburbano, vai ser possível iniciar testes com veículos em setembro de 2024, garante vereadora da Câmara de Coimbra responsável pela Reabilitação Urbana, Transportes e Mobilidade, Ana Bastos.

No âmbito da Semana da Mobilidade, a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e as empresas Metro Mondego e Infraestruturas de Portugal promoveram uma visita a uma parte das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), quarta-feira, dia 20, de manhã.

Com encontro marcado na Praça 25 de Abril (junto ao lado sul do Estádio Cidade de Coimbra), os visitantes passaram pela rua Dom João III, rua General Humberto Delgado, avenida Fernando Namora, Alto de São João, Túnel das Carvalhosas, com a visita a terminar na Ponte da Portela, que deixa de ser uma ponte ferroviária para passar a ser rodoviária.

Ana Bastos, espera que na Semana de Mobilidade de 2024, o Sistema de Mobilidade do Mondego no percurso Serpins-Portagem esteja já em fase de testes.

Parte das obras que estão a condicionar o trânsito no tecido urbano prendem-se com a necessidade de substituir condutas pelas empresas Águas de Coimbra e Águas Centro Litoral.
Os atrasos ao cronograma inicial foram “justificados” pela vereadora da Câmara de Coimbra, com a falta de mão-de-obra e falta de materiais de construção. Problemas “comuns a toda a Europa”, disse.

Enquanto vereadora na oposição, Ana Bastos sempre defendeu ajustes ao projeto inicial. Parte do que propunha então tem sido possível concretizar, a estação do Metrobus no Alto de São João, é uma das alterações que vai criar nova centralidade e servir uma zona residencial densa.

Outra das alterações ao projeto passou pela decisão de demolir o anexo ao Jardim de Infância Municipal na Solum.

Durante a tarde de ontem foi apresentada à comunicação social a nova praça da Estação “Câmara” do Sistema de Mobilidade do Mondego onde vai terminar a Via Central, a qual, por sua vez, vai ligar a Rua Fernão de Magalhães à Rua da Sofia. A requalificação vai permitir uma nova frente urbana e a consequente revalorização desta zona  da Baixa da Cidade, permitir novos serviços e disponibilizar habitação. A Metro Mondego tem já em fase final habitação que vai disponibilizar ao mercado.

A solução final teve em conta “alguns aspetos históricos”, tendo aproveitado alguns elementos da antiga Loggia que as obras colocaram a descoberto num edifício recuperado para habitação. Houve ainda a preocupação de garantir que o restaurante Democrática e a pastelaria Palmeira regressem ao espaço, esclareceu Eduardo Barata, diretor executivo da Metro Mondego.

O projeto da nova praça tem o traço do arquiteto Gonçalo Byrne. As habitações propriedade do Metro Mondego vão ser colocadas no mercado após o fim das obras na Praça “Câmara”.

A operação do Sistema de Mobilidade do Mondego está prevista, neste momento e, se não existirem mais derrapagens, para o início de 2025. Lembramos que em setembro de 2019, também no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, decorreu uma apresentação no Salão Nobre da Câmara Municipal em que o cronograma apresentado previa que  o SMM começasse “a funcionar de forma faseada a partir de 2021 e integralmente em 2022“.

Em 2010 foi encerrado o canal ferroviário da Linha da Lousã, sendo a ideia inicial ser substituído o comboio por um metropolitano de superfície mas a empreitada foi interrompida. Desde então as populações da Lousã e Miranda do Corvo deslocam-se de automóvel para Coimbra ou em autocarros alugados pelo dono da obra do SMM. Em janeiro de 2020, o jornal Público escrevia que o Serviço do Ramal da Lousã tinha perdido “um terço dos passageiros em 10 anos”.

A Semana da Mobilidade da Câmara Municipal de Coimbra deste ano decorre desde 16 de setembro e encerra a 24 de setembro com a discussão pública sobre o Plano Municipal de Ciclovias, pelas 11h00, no Pavilhão Centro de Portugal.

Fotografias: CMC

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