José Manuel Silva não concorda com proposta do Governo de criar 31 Unidades Locais de Saúde

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, na reunião de Câmara de 4 de setembro, subscreveu as preocupações de Francisco Queirós da CDU em relação à proposta do Governo, no âmbito da reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que entra em funcionamento a 1 de janeiro de 2024.

O assunto foi trazido à reunião de Camara pelo vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós. A proposta de criação de 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), entre elas a de Coimbra, pretende promover a “gestão conjunta de hospitais e centros de saúde e financiamento em função dos doentes”. As ULS entram em funcionamento em 1 de janeiro do próximo ano.

Para Francisco Queirós trata-se, no caso de Coimbra, de um “mega-mega agrupamento, cerca de mais de 400 mil utentes, uma das maiores do país e provavelmente uma das maiores da Europa”, disse.

Na página oficial do Governo lê-se que o anteprojeto de decreto-lei “vai mudar a forma como o SNS se organiza” e que a reforma visa “a aproximação dos utentes aos cuidados de saúde”.

Lê-se também que a  reforma “é uma das maiores reformas na organização do SNS desde a sua criação, que procura responder ao aumento das necessidades em saúde e bem-estar da população, associados ao envelhecimento, à carga de doença, e às suas crescentes exigências e expetativas”.

Francisco Queirós não acredita e fundamenta a opinião com a anterior fusão dos hospitais de Coimbra, que não correu bem.

A ULS de Coimbra, vai gerir o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo de Cantanhede, o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (Tocha).

Também os seis Centros de Saúde de Coimbra, e os de Cantanhede, Condeixa, Mealhada, Mira, Mortágua e Penacova vão estar nesta ULS. Vão ainda fazer parte da ULS de Coimbra o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte, que agrupa 14 centros de saúde.

Fotografia: Facebook do Governo