Comboios deixam de circular entre Coimbra-A e Coimbra-B no início do segundo semestre de 2024
Com o fim das obras da “praça de retorno em Coimbra B, e da adaptação das linhas ferroviárias, de forma a reorganizar os cais associados aos serviços regionais/nacionais” em julho do próximo ano, o comboio vai deixar de circular entre as duas estações de Coimbra.
Ana Bastos, vereadora responsável pela mobilidade na Câmara Municipal de Coimbra (CMC), reuniu com a Metro Mondego e a Infraestruturas de Portugal (IP) para fazer um ponto de situação do andamento das empreitadas do Metrobus. Na reunião de Câmara da última segunda-feira, dia 4 de setembro, deu conta à vereação do andamento das diferentes empreitadas.
O trabalho em curso na zona de Coimbra B “deverá estar concluído em julho de 2024”, altura em que “se prevê o encerramento da ligação ferroviária entre Coimbra-A e Coimbra-B”, anunciou a vereadora responsável pela mobilidade.
Será assim possível adaptar o traçado do atual troço da ferrovia à linha do Metrobus. O términus da intervenção neste troço está prevista para o verão de 2025, informou Ana Bastos.
De acordo com a vereadora, “a obra do trecho suburbano (Serpins-Alto São João) está em termos de infraestrutura praticamente concluída” estando o “arranque dos testes aos diferentes sistemas de apoio, previsto para maio/junho de 2024”. Também o troço Alto de São João – Portagem tem fim marcado em calendário para o primeiro trimestre do próximo ano.
A IP quer “iniciar a operação do sistema entre Serpins e o Largo da Portagem, no final do 2º semestre de 2024”. Já os “restantes trechos deverão entrar ao serviço até final de 2025”, concluiu a vereadora da CMC responsável pela mobilidade.
O canal da Avenida Central que tem estado fechado “deverá abrir no início de 2024, para permitir a entrada do empreiteiro do canal do Sistema de Mobilidade do Mondego”, esclareceu Ana Bastos.
A Linha do Hospital, mantém os trabalhos dentro do Complexo dos Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Para a vereadora “a obra é a que reúne maior imprevisibilidade”, uma vez que atravessa o tecido urbano.
O início das obras “na Av. Armando Gonçalves e na R. Augusto Rocha” vai acontecer “a muito curto prazo – dentro de uma a duas semanas”, com o fim da empreitada a ter lugar no final de 2025, afirmou Ana Bastos.
Espera-se assim que só no final de 2025 o Sistema de Mobilidade do Mondego estará em condições de operar em todos os 42 quilómetros previstos.
No entanto, Ana Bastos alerta que “a fase de testes, a ser levada a cabo no trecho suburbano, prevista para o verão do próximo ano será decisiva na avaliação do risco de derrapagem temporal”.
Para o arranque dos testes vai ser importante a empreitada do Parque de Material e Oficinas (PMO), “sem a qual o sistema não poderá entrar em funcionamento, prevendo-se a conclusão da 1ª fase (plataformas) em maio/junho do próximo ano”, disse.
A vereadora confirmou que o primeiro autocarro do Sistema de Mobilidade do Mondego vai chegar em novembro deste ano.
Em fevereiro de 2020 o jornal Público escrevia que “o Governo prevê que os autocarros eléctricos comecem a circular no troço suburbano do sistema (entre Serpins, na Lousã, e o Alto de S. João, à entrada de Coimbra) em 2022 e no troço urbano, em Coimbra, em 2023”. Na altura, o jornal adiantava “as datas já significam o atraso de um ano relativamente ao inicialmente anunciado pelo então ministro das Infra-estruturas, Pedro Marques”.
Na reunião da última segunda-feira, Ana Bastos anunciou também quais vão ser os próximos constrangimentos do trânsito na zona da Solum e que pode ficar a conhecer ao ouvir o ‘podcast’ no início do texto.
Fotografia: Campeão das Províncias