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23.06.2023POR Inês Santos

José Manuel Silva: “Este ano temos condições para um programa cultural [da Feira do Livro] mais diversificado”

Dois novos ciclos da Feira do Livro de Coimbra 2023 catapultam a Língua Portuguesa com conversas sobre a sua multiplicidade entre falantes de vários pontos do globo e concertos de artistas emergentes de Portugal. No entanto, o desejo de expandir a Feira até outros pontos da cidade não se cumpre nesta edição.

Arrancou esta sexta-feira, dia 23 de junho, mais uma edição da Feira do livro de Coimbra nos braços da Praça do Comércio e com mais 9 dias pela frente de muitos encontros com escritores, apresentações de livros e performances. Na emissão da RUC, em direto da Praça do Comércio, José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), comentou a 44ª edição da Feira do Livro e deixou as suas impressões em torno do aumento dos hábitos de leitura na sociedade portuguesa.

A mudança de local do Parque Dr. Manuel Braga para a Praça do Comércio foi um êxito no ano passado e espera-se que continue a ser este ano, afirma o presidente da CMC. No entanto, apesar de os prédios que abrangem a área da Praça do Comércio fazerem sombra para os livreiros e visitantes, o calor intenso não deixou de domar o inicio da Feira do Livro 2023.

José Manuel Silva denota a importância de fazer crescer a Feira do Livro para outros pontos da Baixa da cidade, como já tinha comentado em anos anteriores. Até ao Terreiro da Erva era a margem pensada, mas devido aos constrangimentos financeiros e à inflação que assolou o país este ano, esta proposta não se concretizou nesta edição, realça o entrevistado.

Com a inserção do Ciclo Emergente, organizado pela Associação Apura, pretende-se trazer mais performers e cantores emergentes da cidade coimbrã e de outros cantos do país. Já o Ciclo Cidadania da Língua, criado pela Associação Portugal-Brasil 200 anos, traz palestras e debates com a participação de oradores dos vários países falantes de Língua Portuguesa. Esta aquisição dos dois novos ciclos, criou, afirma José Manuel Silva, uma programação cultural muito mais rica e diversificada da Feira do Livro do presente ano.

 

Segundo as palavras do presidente da CMC, são vários os livreiros, das diferentes feiras do livro que decorrem por todo o país, que sentem um regresso cada vez maior dos jovens à leitura. Apesar das feiras do livro serem bons meios de apoio e de estimulo à leitura, o hábito de ler é algo que se cria nos seios familiar e escolar, refere o entrevistado.

Com uma forte diversidade literária para todos os gostos e faixas etárias, este tipo de feiras são veículos interessantes para descobrir novos géneros e para palpar cada página que compõe um livro, enaltece o presidente da CMC. Este aspeto tem vindo a ser desafiado pelo  mundo digital mas, para José Manuel Silva, nada substitui o folhear e a entrada no mundo narrativo de um livro físico.

Além das iniciativas já referidas, os 100 anos da Biblioteca Municipal de Coimbra e os centenários de Eduardo Lourenço e de Eugénio de Andrade também são parte da programação da Feira do Livro, que se estende até ao dia 2 de julho, entre as 11h00 e as 22h30, na Praça do Comércio.

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