Câmara de Coimbra aprova empréstimos para reabilitar baixa da cidade e cumprir outros investimentos
Dois dos empréstimos bancários totalizam 13.329.000 Euros. Destinam-se a cumprir Plano Plurianual de Investimento e ao aumento do capital do fundo Coimbra Viva. A construção de uma residência de estudantes está incluída.
O primeiro e o segundo lote de empréstimos bancários ontem aprovados destinam-se, entre outros investimentos, à reabilitação da baixa da cidade de Coimbra, à construção de uma residência universitária, a dar seguimento ao Projeto do Centro Cívico do Bairro do Ingote e também a remodelar e ampliar a Escola da Conchada bem como a beneficiar o edifício dos Paços do Concelho.
Os três pedidos de empréstimo mereceram a abstenção dos quatro vereadores do Partido Socialista (PS). O vereador da Coligação Democrática Unitária (CDU) absteve-se à aprovação do lote 1 que prevê o reforço da participação do Município no fundo Coimbra Viva, no valor de 2,829 milhões de euros.
Participação do Município no aumento de capital do fundo Coimbra Viva mereceu críticas da oposição
A vereadora do PS, Regina Bento, justificou a abstenção da bancada considerando “grande” o nível de exposição do Município ao “risco” e questionou sobre possível alteração do modelo societário.
Já o vereador da CDU, Francisco Queirós, mencionou a importância de a Câmara de Coimbra construir uma residência estudantil e reabilitar edifícios na baixa da cidade. No entanto, o vereador mostrou descrença em os fundos especiais fechados contribuírem para a reabilitação das cidades.
O presidente da Câmara Municipal Coimbra (CMC), José Manuel Silva, esclareceu que a posição do Município no fundo Coimbra Viva já é maioritária e que os privados estão disponíveis para o aumento de capital. O autarca lamentou que o IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana ainda aguarde autorização do Ministério das Finanças para o aumento de capital.
De acordo com a Agência Lusa, o fundo Coimbra Viva junta entidades privadas e públicas, conta com 27 imóveis em carteira na Baixa da cidade, nove dos quais estão já reabilitados e outros nove licenciados ou em licenciamento. O fundo, criado em 2011 é gerido pela sociedade privada FundBox. Para além da Câmara Municipal e do IRHU permite participação de investidores privados e donos de imóveis.
O terceiro lote de empréstimos bancários prende-se com a renegociação da dívida do empréstimo da “Construção do Estádio Municipal de Coimbra – Euro 2004”, no valor de 6.306.306,23 – lê-se nos documentos apresentados à vereação.
Os empréstimos necessitam agora de aprovação da Assembleia Municipal e do visto do Tribunal de Contas.
Fotografia: CMC