Cartaz completo do Festival Suburbano

RUC apresenta “Festival Suburbano: 50 anos do Hip Hop”

A RUC apresenta, no dia 17 de junho, o Festival Suburbano, para comemorar os 50 anos do hip-hop.

Com o objetivo de celebrar os 50 anos do hip-hop, cultura oriunda de Nova Iorque em 1973, a equipa de locutores do programa Suburbano organiza, no próximo sábado, dia 17 de junho, uma série de concertos e performances de artistas emergentes da cena do hip-hop nacional. 

O evento vai realizar-se nos jardins da Associação Académica de Coimbra e no terraço Afonso Macedo (RUC) e conta com os rappers mrcomedina e Uno, os DJs e produtores gonsalocomc e AKAMillyBoy e o graffiter Hellenio. Ao longo do evento vai também ser possível ouvir escutas assistidas e DJ sets pelos locutores e DJs da RUC.

Mrcomedina junta influências que vão desde o jazz e blues mais sofisticados à roda de punk mais suja. Filho de pais emigrantes e criado entre Lisboa, Porto e Barcelona, faz parte de um nova linhagem de músicos que se destacam pela imprevisibilidade. “Roda Punk Jazz” é o nome do seu mais recente EP, lançado em junho do ano passado, que tem reunido as melhores críticas dos ouvintes e que elevou as expectativas do público sobre o álbum de estreia, prometido para breve.

Uno é o nome artístico de Diogo Colaço, um dos grandes nomes da nova escola do hip-hop de Lisboa. Um artista nato ao serviço da lei do rap, que para além de uma voz imediatamente reconhecivel, tem mecanismos para nos transportar como num retiro espiritual, ao longo de cada canção. Um talento incrível para escrever e uma grande flexibilidade para rimar em qualquer tipo de beat transformam cada viagem num espelho de reflexões e Tradições muito próprias, mas estranhamente partilháveis. Uno parece uma fábrica a produzir, e já trabalhou com alguns dos melhores rappers da nova escola nacional como Tk, Benny Broker, Cevas, Tilt, Vácuo, Eliot, Weis, Trip ou Rott.

Gonçalo Lopes aka gonsalocomc é um produtor/ beatmaker natural de Braga cujos projetos apontam para uma vertente abstrata, nostálgica, suja e mais relaxada da sonoridade do hip-hop nacional. Recorrendo a samples de Jazz, Funk, Soul e RnB, a influência destes géneros é notável por entre os ritmos agradavelmente desajeitados dos seus instrumentais. Produziu o EP “Mal Passado Bem Pensado”, projeto colaborativo com Wugori (2020) e um terço da beattape “Vigairada” com Herege e DoisPês.

Milton, Akamilyboy, é nascido e criado na Margem Sul, Almada. Rodeado e influenciado por Hip-hop e cultura musical africana pela sua família desde muito cedo, aos 16 anos tem o seu primeiro contacto com produção musical e djing, e aos 18 inicia a sua trajetória. Com faixas, uma mix, edits no seu Soundcloud e colaborações com rappers como Xvndo & Adibel, a sua produção é centrada no Hip-Hop e todos os seus subgéneros. Akamillyboy é um dos novos dj/producers iminentes na cena de club noturnos de Lisboa que veio para ficar!

Apesar de ter nascido na Guiné-Bissau, as memórias que Hellenio (Helénio Mendes) tem da sua terra são como uma miragem, uma vez que foi Portugal que o viu crescer, entre Lisboa e Abrantes. Explora a arte através dos tecidos, da desconstrução e de materiais criativos de forma a obter peças sustentáveis e conceptuais. Tematicamente, expressa nas suas obras todos os sentimentos que nunca conseguiu verbalizar acerca do que viveu até hoje: a ausência de uma figura paterna, os traumas de ser criança negra numa cidade pequena maioritariamente habitada por portugueses de cor clara, a presença do machismo sem que este o deixasse conseguir expressar devidamente e a ansiedade e problemas mentais de quem cala o que sente. As suas pinturas retratam maioritariamente figuras negras, como homenagem a todos os que partiram sem voz e na esperança de realçar a força e emancipação desse povo.

PARTILHAR: