Futuro do Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra está em discussão
Face aos maus resultados e à ausência de um plano para o futuro, o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra “convida” o conselho de gerência da ITAP a apresentar a sua demissão.
O Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra (ITAP), detido integralmente pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC), através da empresa municipal Prodeso, atravessa um período difícil. Após um ano em que se registaram 238 mil euros de prejuízo e tendo perdido mais de metade dos seus alunos nos últimos cinco anos, está neste momento a funcionar com apenas 4 turmas. Na última reunião da Câmara, para a qual estava agendada a discussão e votação das contas do ITAP, o presidente, José Manuel Silva, confirmou os maus resultados da escola.
Com os prejuízos como pano de fundo e sem perspetivas de um plano para o futuro do ITAP, José Manuel Silva sugeriu que o conselho de gerência apresentasse a sua demissão.
Face à situação da empresa municipal Prodeso, foram enumeradas algumas possibilidades para evitar o fecho da escola, como preparar um programa de reabilitação, encontrar novas instalações e propor novos cursos.
Dada a ausência da totalidade do relatório e contas da empresa municipal, a vereadora do Partido Socialista, Regina Bento, pediu que o ponto fosse retirado da agenda.
A proposta do adiamento para a próxima reunião foi aceite de forma a ser possível a todos os vereadores analisar o relatório e contas de 2022 da Prodeso.
Segundo a vereadora Ana Cortez Vaz, a diminuição de alunos no ITAP é motivada pela diminuição de 5% da população escolar no concelho, bem como pela oferta de ensino profissional na grande maioria das escolas públicas e privadas de Coimbra e ainda pelo facto da escola não ver aprovada a abertura de novos cursos ou valências.
Imagem: Site do ITAP